Publicado por Silvag1 em REVOLTA BRASIL
Em
recente manifestação o atual Presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
Ministro Marco Aurélio Mello, defende a desobrigação do eleitor de ir
às urnas. Para Marco Aurélio, obrigar o eleitor a votar é uma maneira de
tratar o cidadão como “tutelado”. “O cidadão deve ter vontade de
exercitar sua vontade. O voto no Brasil sempre foi obrigatório, não
decorreu do regime de exceção, mas agora é hora de se avançar e pensar
no voto facultativo”.
Se tal ideia reverberar e criar corpo teremos com absoluta certeza um grande avanço na democracia.Na verdade o que precisamos urgentemente é uma grande reforma política, onde possamos tocar em pontos nervosos do atual sistema, tais como a implementação do voto distrital, o fim do famigerado voto de legenda, o quociente eleitoral, a redução de congressistas (513 Deputados Federais e 81 Senadores da República). Enfim, matérias que estão muito longe do debate popular, por óbvio motivo, pois manter a ignorância política do eleitor só beneficia quem transformou o Congresso Nacional em um grande balcão de negócios, para todos os fins (todos mesmo!) menos os interesses da sociedade que os elege.
O atual sistema é por demais maléfico, onde o eleitor escolhe um determinado candidato e acaba elegendo outro, peguemos como exemplo o Deputado Tiririca, eleito quase 1,5 milhão de votos, lindo né? Pois é, com essa incrível façanha a coligação de “partidecos prostitutos” conseguiu eleger, por tabela, José Genoíno e Valdemar Costa Neto, mensaleiros condenados e diplomados às vésperas de serem presos.
A complexidade do atual sistema afasta a maioria da população da política, sendo que em sua maioria nem se lembra em quem votou nas últimas eleições, além da proliferação desmedida de partidos nanicos destinados – única e exclusivamente – à “prostituição ideológica”, no congresso seus membros são chamados pejorativamente de ‘baixo clero’.
Portanto, acabar com o voto obrigatório já seria um bom começo, principalmente pelo fato de tirar a “canga” do pescoço dos desvalidos que dependem de “bolsas-esmolas” para sua sobrevivência e vivem à mercê de políticas assistencialistas inescrupulosas, tais como carros pipa, distribuidores de cestas básicas, dentaduras, panelas de pressão, dinheiro e tantas outras formas de comprar o voto, com o único intuito de manter currais eleitorais pelo Brasil afora.
Não se quer aqui afastar qualquer forma de auxílio, mas sim trazer à lume o fato de que tal prática tem que ter um começo e um fim, sendo que o fim a achar a causa da miséria dos esquecidos da sociedade (porém lembrados a cada 4 anos!). Se é seca, construa-se açudes, perfurem-se poços, se é fome tenhamos uma política governamental de hortifrutigranjeiros comunitários, piscicultura participativa, vamos todos trabalhar! A quem interessa manter na miséria os miseráveis?
Com o sistema político arcaico, retrógrado e viciado no qual vivemos só nos resta abaixar a cabeça para os ensinamentos do ex-presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, de que “se há um idiota no poder, os que o elegeram estão muito bem representados”.
Façamos a diferença!
Fábio Delgado
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