MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 25 de março de 2014

A urgência de uma grande mudança no atual sistema político brasileiro



Publicado por em REVOLTA BRASIL
A urgência de uma grande mudança no atual sistema político brasileiro
Em recente manifestação o atual Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Marco Aurélio Mello, defende a desobrigação do eleitor de ir às urnas. Para Marco Aurélio, obrigar o eleitor a votar é uma maneira de tratar o cidadão como “tutelado”. “O cidadão deve ter vontade de exercitar sua vontade. O voto no Brasil sempre foi obrigatório, não decorreu do regime de exceção, mas agora é hora de se avançar e pensar no voto facultativo”.
Se tal ideia reverberar e criar corpo teremos com absoluta certeza um grande avanço na democracia.
Na verdade o que precisamos urgentemente é uma grande reforma política, onde possamos tocar em pontos nervosos do atual sistema, tais como a implementação do voto distrital, o fim do famigerado voto de legenda, o quociente eleitoral, a redução de congressistas (513 Deputados Federais e 81 Senadores da República). Enfim, matérias que estão muito longe do debate popular, por óbvio motivo, pois manter a ignorância política do eleitor só beneficia quem transformou o Congresso Nacional em um grande balcão de negócios, para todos os fins (todos mesmo!) menos os interesses da sociedade que os elege.
O atual sistema é por demais maléfico, onde o eleitor escolhe um determinado candidato e acaba elegendo outro, peguemos como exemplo o Deputado Tiririca, eleito quase 1,5 milhão de votos, lindo né? Pois é, com essa incrível façanha a coligação de “partidecos prostitutos” conseguiu eleger, por tabela, José Genoíno e Valdemar Costa Neto, mensaleiros condenados e diplomados às vésperas de serem presos.
A complexidade do atual sistema afasta a maioria da população da política, sendo que em sua maioria nem se lembra em quem votou nas últimas eleições, além da proliferação desmedida de partidos nanicos destinados – única e exclusivamente – à “prostituição ideológica”, no congresso seus membros são chamados pejorativamente de ‘baixo clero’.
Portanto, acabar com o voto obrigatório já seria um bom começo, principalmente pelo fato de tirar a “canga” do pescoço dos desvalidos que dependem de “bolsas-esmolas” para sua sobrevivência e vivem à mercê de políticas assistencialistas inescrupulosas, tais como carros pipa, distribuidores de cestas básicas, dentaduras, panelas de pressão, dinheiro e tantas outras formas de comprar o voto, com o único intuito de manter currais eleitorais pelo Brasil afora.
Não se quer aqui afastar qualquer forma de auxílio, mas sim trazer à lume o fato de que tal prática tem que ter um começo e um fim, sendo que o fim a achar a causa da miséria dos esquecidos da sociedade (porém lembrados a cada 4 anos!). Se é seca, construa-se açudes, perfurem-se poços, se é fome tenhamos uma política governamental de hortifrutigranjeiros comunitários, piscicultura participativa, vamos todos trabalhar! A quem interessa manter na miséria os miseráveis?
  
Esses grandes e necessários debates não surgirão nas tribunas das casas legislativas, devem partir da própria sociedade livre, que tem por obrigação elegerem candidatos compromissados com suas bases. Mas, para tanto, se faz necessário um trabalho de conscientização política de base, a começar pelas faculdades com projetos de cidadania nas escolas de nível fundamental e médio, oficinas, workshops, palestras de direitos políticos, sociais, mostrar como funciona o País e como os jovens de hoje podem trazer a mudança de que tanto necessitamos e isso não é utopia.
Com o sistema político arcaico, retrógrado e viciado no qual vivemos só nos resta abaixar a cabeça para os ensinamentos do ex-presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, de que “se há um idiota no poder, os que o elegeram estão muito bem representados”.
Façamos a diferença!
Fábio Delgado

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