O bilionário empresário belga Alfred Frére é também um dos acionistas de empresa que doou R$ 1,55 milhão para a campanha da presidente em 2010.
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Na última semana, a presidente Dilma
Rousseff precisou enfrentar uma polêmica a respeito da aquisição feita
pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, no Texas, em 2006. De
acordo com as denúncias, a estatal teria pagado à Astra Oil, então proprietária, um valor oito vezes maior do que a empresa belga desembolsara no ano anterior pela unidade inteira.
Após culpar documentos falhos pelo mau negócio – e ser desmentida –, agora Dilma precisa explicar mais um fato que veio à tona envolvendo essa compra. Segundo matéria do Estado de Minas,
a Tractebel, empresa que forneceu no total R$ 1,55 milhão para a
campanha de Dilma em 2010, tem relação com Alfred Frére, empresário
belga que controla a Astra Oil.
A Tractebel, uma companhia com sede em Florianópolis, é controlada pela francesa do setor de energia GDF Suez. O bilionário empresário belga Alfred Frére, que controla a Astra Oil por meio da Transcor Astra Group, é também um dos acionistas da gigante mundial da França.
Ainda de acordo com a matéria, em 2010,
Dilma recebeu para a sua campanha o dobro do valor doado a José Serra,
candidato do PSDB.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Tractebel doou R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil, diretamente ao comitê financeiro nacional da campanha de Dilma Rousseff. O restante, em três parcelas de R$ 250 mil, R$ 200 mil e R$ 100 mil, foi repassado ao comitê financeiro único do PT de Rondônia e de Santa Catarina e, ainda, à direção nacional do partido. O candidato a presidente da República do PSDB em 2010, José Serra, recebeu metade do valor doado diretamente pela Trectebel à campanha de Dilma Rousseff.
Para a campanha da reeleição de Lula, em
2006, a empresa forneceu R$ 300 mil, mais do que a qualquer outro
candidato ao Planalto na época. Curiosamente, foi nesse mesmo ano que a
Petrobras adquiriu metade da refinaria por US$ 360 milhões, apenas um
ano após Frére tê-la comprado por US$ 42,5 milhões. A outra metade, que a
Petrobras foi obrigada a adquirir em função da cláusula no contrato que
Dilma afirmou desconhecer, custou à estatal mais US$ 820,5 milhões.
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