Para se hospedar, turista pode gastar de R$ 405 a R$ 2,1 mil por dia.
Em algumas épocas do ano, acesso é possível apenas de avião.
Baía artificial na fazenda Caiman, em Miranda (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
As fazendas do Pantanal de Mato Grosso do Sul
são ótimas opções para os turistas que pretendem conhecer as
exuberâncias da natureza e vivenciar a tranquilidade do campo, mas que
não querem abrir mão de requinte e, principalmente, do conforto.Para se hospedar no Pantanal, o turista pode gastar de R$ 405 a R$ 2,1 mil por dia. Os pacotes incluem três refeições: café da manhã, almoço e jantar, além de passeios diurnos e noturnos. Em algumas fazendas, a diária também inclui o consumo de bebidas não alcóolicas.
Apesar de estarem na zona rural, em quase todas as pousadas pantaneiras, os hóspedes podem contar com quartos com telefone, internet, TV à cabo, frigobar e cofre.
Piscina e área de lazer na fazenda Caiman, em
Miranda (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
O Pantanal de Mato Grosso do Sul já recebeu visitantes ilustres, como a do inglês Henry Charles Albert David, mais conhecido como “Príncipe Harry”.
Em março de 2012, ele visitou o estado e ficou hospedado em uma das
pousadas do Refúgio Ecológico Caiman, um dos mais luxuosos da região,
localizado na cidade de Miranda, a 203 km de Campo Grande.Miranda (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
O local conta com duas pousadas. Uma delas possui acomodações para duas pessoas com quarto, sala de estar privativa, banheiro e varanda. A outra, construída em forma de pássaro, fica localizada às margens de uma baía permanente e conta com quartos com banheiros e varandas.
A maioria das fazendas oferece transporte terrestre, partindo de Campo Grande, para que os turistas possam chegar e partir dos locais. O serviço custa em média R$ 1,4 mil para até quatro pessoas, ida e volta.
Em alguns casos, o visitante deve estar preparado para gastos extras com locomoção. Por ser uma imensa planície alagável, o Pantanal reserva suspresas. Nos picos de cheia, é possível ter acesso a alguns locais da região apenas de avião.
As fazendas também disponibilizam uma opção de transporte aéreo, que sai do Aeroporto Internacional de Campo Grande. O serviço custa em média R$ 4,9 mil para até cinco pessoas, também ida e volta.
Nas fazendas, a gastronomia é diretamente influenciada pela cultura pantaneira. Os pratos servidos aos turistas são feitos à base de peixes da região, como pintado, pacu e piraputanga, e levam ingredientes locais, como pequi, guavira, cumbaru e graviola, frutos do cerrado bastante utilizados no preparo de receitas típicas.
Como as fazendas conciliam a atividade turística com as atividades rurais, principalmente a pecuária, também servem pratos à base de cortes especiais de carne bovina. O churrasco pantaneiro, por exemplo, feito pelos peões das propriedades, agrada bastante aos turistas.
Na pousada San Francisco, que também fica em Miranda, os hóspedes podem desfrutar de um café da manhã tipicamente pantaneiro, chamado de “quebra-torto”. Além das delícias de um desjejum comum como pães, bolos, geleias, queijo, sucos e leite, o quebra-torto tem também arroz carreteiro e mandioca.
Jacarés são animais mais vistos nas focagens
noturnas (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
Exploraçãonoturnas (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
Para quem gosta de encarar uma aventura, as pousadas oferecem as focagens noturnas. O passeio, que dura aproximadamente ume hora e meia, permite a observação de animais com hábitos noturnos, como lobinhos, jaguatiricas, antas, tamanduás, cervos e até onças pintadas.
O passeio é feito em grupos, geralmente em jipes ou em carros especiais, com bancos ao ar livre, puxados por caminhonetes e equipados com um farolete que permite a visualização dos bichos.
O guia tutístico Hélder Brandão, que trabalha no Refúgio Ecológico Caiman, recomenda que os turistas levem binóculos e lanternas para a atividade.Os jacarés são os animais mais vistos durante o passeio. “Quando jogamos a luz do farolete em cima dos jacarés, os olhos deles refletem e brilham. Em alguns pontos da fazenda é possível ver centenas deles juntos”, explica o guia.
Casal de araras-azuis (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
ContemplaçãoAs fazendas também oferecem trilhas para a contemplação de aves, de animais com hábitos diurnos e de espécies da flora do Pantanal e do Cerrado.
Árvore típica do Pantanal com tronco oco (Foto:
Tatiane Queiroz/ G1 MS)
Aves típicas do Pantanal, como tuiuiú (que virou símbolo da região),
ema, martin pescador, arara, tucano, papagaio, garça e urubu, podem ser
vistas pelos grupos durante o passeio.Tatiane Queiroz/ G1 MS)
De acordo com Brandão, no Refúgio Ecológico Caiman, já foram observadas 359 espécies diferentes de pássaros.
Ainda segundo o guia, para as atividades diurnas, o recomendado é que os visitantes não usem roupas de cores vibrantes, como amarelas, azuis ou laranjadas, porque elas espantam os animais. Outra dica é o uso de filtro solar, boné e repelente.
Passeio de chalana na fazenda San Francisco, em
Miranda (Foto: Beth Coelho/Divulgação)
Águas do PantanalMiranda (Foto: Beth Coelho/Divulgação)
Além dos safáris, focagens noturnas e trilhas, algumas fazendas pantaneiras, como a San Francisco, oferecem aos turistas passeios de chalana (tipo de embarcação para passageiros), barco e de canoa pelos rios da região.
Nas margens das águas, é possível observar diversas aves, além de animais como jacarés,lontras, cervos e famílias inteiras de capivaras. Alguns animais, que ficam em cima de árvores ou em lugares mais afastados podem ser vistos com a ajuda de binóculos.
Diversão
A maioria das fazendas pantaneiras conta com piscinas e salas de jogos. Também contam com bar, cantina, sala de TV e loja de souvenir. Algumas possuem academia para a prática de exercícios.
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