Exames de corpo de delito são realizados no Hospital Regional da cidade.
Corpos em avançado estado de decomposição são levados para a capela.
Sem IML, necrotério é realizada em capela de cemitério, em Guajará-Mirim, RO (Foto: Leile Ribeiro/G1)
Três médicos legistas aprovados no último concurso público do estado começaram a atuar em Guajará-Mirim
há 20 dias, mas o município não possui uma unidade do Instituto Médico
Legal (IML) para a realização de exames de corpo de delito e também para
a necropsia. Atualmente, este procedimento é realizado no necrotério,
instalado no Hospital Regional da cidade, e em casos de corpos em
avançado estado de decomposição, o laudo é feito pelo especialista na
capela do cemitério Santa Cruz, afirma a direção do hospital. De acordo
com a Secretaria de Defesa e Cidadania do Estado (Sesdec), não há
previsão para a construção de um núcleo no IML no município.“Os corpos em avançado estado de decomposição são levados direto para a capela, porque no hospital o risco de contaminação é muito alto. O necrotério fica bem ao lado de alguns apartamentos que recebem pacientes todos os dias, sem contar o mau cheiro”, explica o diretor do Hospital Regional, Luiz Xavier Nascimento.
Para o delegado regional da Polícia Civil, Milton Santana, ter os médicos atuando no município é um grande avanço, entretanto os servidores necessitam de um local adequado para o trabalho. “Antes da contratação dos legistas, os exames de corpo de delito eram realizados por médicos plantonistas do município”, explica Santana. Segundo ele, em casos de morte, o exame era realizado por um legista de Nova Mamoré.
Provisoriamente os especialistas vão atuar no prédio onde funcionava o Departamento de Narcóticos de Guajará-Mirim (Denarc), que, de acordo com o médico legista recém-empossado, Eduardo Luiz Farina, é inadequado para exercer a função. “De acordo com o código de ética, os médicos não podem atender as vítimas em uma delegacia de polícia, pois o ambiente não é adequado para exercer a função”, afirma Farina.
Além do local, o médico afirma que faltam, ainda, equipamentos e auxiliares. “Um médico legista não consegue trabalhar sozinho. Esperamos que esse problema seja resolvido o quanto antes, para benefício da população”, finaliza Eduardo.
Ao G1, Sesdec informou que apenas a capital possui uma unidade do IML e que, até o final da atual administração, a previsão é de que sejam inaugurados núcleos apenas nos municípios de Cacoal, Ji-Paraná e Cacoal. Entretanto há a possibilidade de que outras cidades sejam contempladas, o que dependerá da questão orçamentária do estado.
Em Jau SP temos um belo predio do IML mas nao temos Legistas...mande um só pra ca....
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