Famílias dizem estar cadastradas no Programa Luz para Todos desde 2011.
Eletrobras afirma que famílias se instalaram em propriedades após avaliação.
Valdeci Carneiro, morador da linha, afirma que, com a situação, ele está morando na casa de parentes e tem prejuízos, já que vive da agricultura. “Trabalho com plantio e venda de mandiocas e preciso de energia e água para lavar antes de distribuir para os mercados da cidade”, conta o produtor, que diz não entender os critérios para a instalação da energia nas propriedades rurais. “Tem casas aqui que foram beneficiadas com o programa e que as pessoas só vêm para dormir ou nos finais de semana, enquanto nós, que precisamos do serviço para sustentar nossas famílias, estamos no escuro ainda”, reclama Carneiro.
Mediante um abaixo assinado de mais de cem pessoas da região, o Ministério Público Federal (MPF) convidou os técnicos da Eletrobras para uma visita ao local, no intuito de acompanhar a situação apresentada pelos moradores.
Ao G1, Aderlei Vescovi, líder do processo do Programa Luz para Todos em Ji-Paraná, afirma que a empresa que prestava os serviços para a Eletrobrás teve seu contrato encerrado e aguarda a liberação do Ministério das Minas e Energia para que os moradores que se encontram dentro das normas sejam beneficiados. “Nós já encaminhamos para a central em Porto Velho, que repassou o pedido para o ministério responsável pelo processo de licitação e contratação de outra empresa, que fará a implementação das famílias que ainda não foram atendidas”, explica Aderlei.
O representante da concessionária explica que, de acordo com o manual do programa, todas as casas habitadas tem prioridade na instalação da energia elétrica. Segundo ele, as propriedades em questão não estavam habitadas, ou mesmo construídas, durante a ultima avaliação da empresa na região. “Com o crescimento da área rural em Rondônia, quando terminamos um projeto e repassamos para a liberação da verba, outras famílias já se estabeleceram e agora precisam ser atendidas também”, revela Aderlei.
O Procurador da República Henrique Felber, que acompanhou a visita, afirmou que o caso é complexo e que a empresa deverá uma forma alternativa para atender às famílias. “A norma nem sempre é justa mas tem que ser respeitada”, finalizou o Procurador.
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