Manifestante faz protesto solitário em defesa da Telexfree em Cuiabá

Mário Costa, de 48 anos, diz que Justiça 'boicota' a empresa.
Ele participou dos protestos durante desfile deste 7 de Setembro em Cuiabá.

Renê Dióz Do G1 MT

Manifestante foi às munido apenas de um cartaz com o bordão 'Voa, Telexfree'. (Foto: Renê Dióz/G1)

Os protestos paralelos ao desfile cívico-militar de 7 de Setembro em Cuiabá contaram com a participação de um manifestante solitário: um investidor da empresa Telexfree, acusada de organizar um esquema de pirâmide financeira no país. Mário Costa, 48 anos de idade, é cuiabano e foi à Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) na manhã deste sábado munido de um cartaz para cobrar o restabelecimento dos negócios da empresa, atualmente paralisados por decisão judicial.
“Eu investiu na Telexfree em setembro do ano passado, está fazendo um ano, e estou 100% satisfeito porque tudo que foi combinado foi cumprido. A gente estava fazendo um trabalho maravilhoso. Tem famílias hoje na nossa equipe que não tinham renda e hoje estão sobrevivendo. Eu, por exemplo, pude viajar para fora do Brasil com renda desse sistema.”, defendeu Costa.
A Telexfree se apresenta como uma empresa de telefonia Voip e de marketing multinível. Por força de uma ação do Ministério Público do Acre, que apresentou indícios da prática de pirâmide financeira, a Justiça daquele estado decretou a suspensão dos negócios da empresa em todo o país.

Para Costa, a Justiça faz parte de um complô para interditar os trabalhos da Telexfree em nome de grandes companhias telefônicas que estariam sendo prejudicadas pela concorrência da empresa.
“A empresa fez investimento no mês de abril implantando internet, TV por assinatura, sistema de ligação Voip. O custo tá telefonia está caindo em cerca de 75%”, sustentou o manifestante, vestido com uma camiseta onde se lia "Sou 100% Telexfree" e empunhando um cartaz com o bordão “Voa, Telexfree”.
“Hoje nós sabemos que muitos dos que estão trabalhando na justiça estão trabalhando em prol dos grupos organizados e, diante desse cenário, a empresa está bloqueada para continuar operando no mercado. Mas nós cremos que ainda há pessoas de bem no comando desse país e isso vai ser mudado”, apostou o divulgador enquanto os cerca de cem manifestantes do 'Dia do Basta à Corrupção' se dispersavam.