Sindicato diz que são movimentadas cerca de 62 mil correspondências por dia.
Categoria pede reajuste salarial de 24,1%, entre piso, reajuste real e inflação.
Mais de 700 funcionários do Correios em Rondônia devem paralisar atividades (Foto: Halex Frederic/G1)
Mais de 700 funcionários do Correios e filiados do Sindicato dos
Trabalhadores de Correios e Telégrafos (Sintect) de Rondônia estão com
as atividades paralisadas desde meia-noite desta quinta-feira (12).
Em Porto Velho, um grupo de funcionários se concentra na Praça Marechal
Rondon, no centro da cidade, espalhando cartazes no local. O sindicato
informou que a categoria pede um reajuste salarial
de 24,1% e a proposta da empresa, até o momento, é de 5,27%. A
distribuição de 62 mil correspondências, em média, que passam
diariamente pela capital, deve ser interrompida com a paralisação, de
acordo com o Sintect. A greve segue por tempo indeterminado em sete estados do país.Por volta das 8h desta quinta-feira, funcionários do Correios, em um grupo pequeno, se mobilizam para reivindicar reajuste salarial da classe no centro da capital. Com cartazes e faixas, os servidores tentam chamar atenção da população sobre a paralisação da categoria. O sindicato espera que até o fim da manhã cerca de 150 servidores se unam à mobilização.
Grupo pequeno de servidores do Correios se
concentram em praça de Porto Velho
(Foto: Halex Frederic/G1)
Fábio Soares é carteiro há oito anos e conta que, além do reajuste, o
impasse é gerado em torno do plano de saúde dos agentes. O carteiro diz
que para os novos contratados, a empresa quer aumentar a despesa com o
plano de saúde dos atuais de 10% para 50%. “Os familiares do funcionário
também terá critérios para usufruir do benefício”, relata.concentram em praça de Porto Velho
(Foto: Halex Frederic/G1)
Antônio Edson, presidente do Sintect estadual, informou que o reajuste de 24,1% compreende a soma de alterações no piso salarial de 10%, reajuste real de 6% e reposição da inflação de 6,7%. O Correios apresentou uma proposta de 5,27% nesta quarta-feira (10), mas não teve acordo com o sindicato. “Enquanto não houver uma proposta favorável à categoria, continuaremos paralisados”, declara.
São cerca de 350 servidores trabalhando na capital e no estado em torno de 980 funcionários, de acordo com o presidente do sindicato, que contabiliza aproximadamente 730 filiados ao sindicato que deverão seguir parados. Antônio diz que a paralisação toma conta apenas da classe dos carteiros, sendo que o atendimento ao público segue normalizado. "Mesmo que o atendimento funcione normal, de uma forma ou outra, a população será prejudicada com a falta da distribuição das cartas", conta.
Além de Rondônia, mais seis estado - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Tocantins e Rio Grande do Norte - aderiram à greve, que segue por tempo indeterminado, segundo Sintect-SP.
Interior
De acordo com as gerencias regionais, não houve adesão da categoria em Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim, onde os serviços de atendimento e a distribuição de cartas seguem normalizados.
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