MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 7 de setembro de 2013

Atos no 7 de Setembro têm confronto com PM, presos e feridos em SP


Pela manhã, tradicional "Grito dos Excluídos" ocorreu sem incidentes.
À tarde, após fechar Av. Paulista. black blocs causaram tumulto no Centro.

Do G1 São Paulo

Manifestações realizadas neste sábado (7), feriado da Independência do Brasil, deixaram ao menos cinco feridos, manifestantes detidos e agências bancárias depredadas na Avenida Paulista e no Centro de São Paulo.

Os incidentes mais graves ocorreram à tarde no Centro: a Tropa de Choque foi chamada após a Câmara dos Vereadores ser alvo de vândalos. Após confronto, houve correria, ao menos três manifestantes foram atropelados e 11 pessoas foram detidas. Já à noite, 28 pessoas foram detidas na Avenida Paulista.

As celebrações do 7 de Setembro começaram sem problemas na capital, que teve um dia de sol e clima ameno. Pela manhã, o desfile no Sambódromo do Anhembi ocorreu sem incidentes. O tradicional "Grito dos Excluídos" reuniu, segundo a PM, cerca de 1,4 mil pessoas ligadas a movimentos da Igreja Católica, entidades sociais, partidos e sindicatos. Eles fizeram caminhadas que terminaram no Monumento às Bandeiras e no Parque da Independência.
Entretanto, à tarde, manifestantes ligados à estratégia black bloc deixaram a Avenida Paulista e seguiram até o Centro, onde entraram em confronto com a Polícia Militar (PM). Os primeiros tumultos aconteceram ainda na Avenida Paulista. Por volta das 15h, manifestantes quebraram vidros de uma agência do Bradesco e de uma banca de jornais. Uma agência do Itaú foi pichada.
manifestantes são paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Policial arremessa pedra que tinha sido atirada
por manifestantes (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Black blocs
Os manifestantes que usavam máscaram seguiram pela Avenida 23 de Maio e chegaram ao Centro. Quando alcançaram o Viaduto Maria Paula, nas imediações da Câmara Municipal, a PM informou que eles eram cerca de 2 mil. Antes de chegar ao Legislativo Municipal, eles arremessaram pedras na fachada da Procuradoria Geral do Município.
Na frente da Câmara, a PM reagiu quando houve tentativa de invasão e pedras foram arremessadas. Bombas de efeito moral e gás lacrimogênio foram usadas. A Tropa de Choque foi acionada e os manifestantes foram perseguidos enquanto fugiam pela região da Praça da Sé.

A reportagem da TV Globo registrou o momento em que um carro foi cercado por manifestantes e acelera. Logo após o ocorrido, ao menos duas pessoas foram encontradas atropeladas. Na sequência, um grupo tentava impedir a passagem de um carro da polícia. Um homem se agarrou ao capô e acabou sendo derrubado metros adiante. Ele permaneceu caído até ser resgatado pelo Samu.
Jovens picham o nome do grupo black blocks durante protesto em São Paulo. (Foto: Caio Kenji/G1)Jovens picham o nome do grupo black blocks durante
protesto em São Paulo. (Foto: Caio Kenji/G1)
Além do atropelamento, as críticas à ação da PM incluíram a acusação de ter feito disparos de revólver para dispersar a multidão. No Centro, manifestantes localizaram três cápsulas que dizem ser resultado de tiros que um policial militar deu após ser cercado por manifestantes. Imagens registradas pelo helicóptero da TV Globo mostraram duas pessoas dando golpes com um pedaço de madeira em uma moto da PM que estava caída sobre a pista na região da Praça João Mendes. Segundo testemunhas ouvidas pela GloboNews, a moto teria sido deixada no local pelo policial que se sentiu ameaçado pelo grupo.
Após a ação da Tropa de Choque, um rastro de vandalismo ficou na região. Na Praça João Mendes, uma agência do Banco do Brasil teve os vidros da fachada destruídos. Na mesma região, uma agência do Bradesco teve vidros quebrados e caixas eletrônicos incendiados.

As manifestações deste sábado foram as primeiras na capital paulista após a Prefeitura obter uma liminar que obriga a PM a desobstruir vias ocupadas por manifestantes, sobretudo se elas tiverem faixas exclusivas ou corredores de ônibus.
Ao longo da tarde e no começo da noite, manifestante que não seguiram para o Centro impediram o trânsito na Avenida Paulista. Durante a maior parte do tempo, a interdição ficou concentrada na frente do vão livre do Masp.

Confusão em bar
Pouco antes das 20h, a PM tentava liberar vias na região. A reportagem do SPTV flagrou policiais empurrando manifestantes para liberar a via. Houve reação e cadeiras da lanchonete Puppy foram arremessadas contra policiais.

Segundo o funcionário Fabiano Clemente Silva, um grupo de jovens mascarados correu em direção ao estabelecimento, pegou cadeiras e mesas de plástico que estavam na calçada, além de garrafas e pratos, e jogaram em um grupo de policiais militares.

"Eles vieram fazer bagunça. Cantavam músicas de incitação à violência. Estavam mascarados. Quem estava sentado aqui saiu correndo assustado", disse. O bar avalia  ter tido prejuízo de R$ 6 mil entre material quebrado e clientes que saíram sem pagar.

Em outros protestos, o bar fechou as portas antes. Segundo Silva, no entanto, o entendimento era de que neste sábado não haveria confusão. Silva disse que o grupo foi para cima da polícia, que revidou.

Segundo o major Larry, da Polícia Militar, os PMs intervieram porque o grupo começou a depredar o bar. Larry disse ainda que houve confronto com a polícia porque os manifestantes reagiram à prisão. Após eles serem detidos, um grupo de policiais da Força Tática permaneceu diante do estabelecimento até a dispersão do grupo.

Na confusão, ao menos duas pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento dos bombeiros. Os detidos foram encaminhados para o 78º Distrito Policial, na Rua Estados Unidos.
Mapa das manifestações em São Paulo no 7 de Setembro (Foto: Arte/G1)Carro da Polícia Militar tem a passagem bloqueada durante protesto em São Paulo (Foto: Caio Kenji/ G1)Carro da Polícia Militar tem a passagem bloqueada durante protesto em São Paulo (Foto: Caio Kenji/ G1)

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