MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EUA cortam financiamento à Unesco após agência ter admitido palestinos

 

Pagamento de US$ 60 milhões em novembro não será feito.
Agência cultural da ONU aceitou Estado palestino como membro pleno.

Do G1, com agências internacionais
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (31) que vão deixar de depositar fundos para a Unesco, após a agência da ONU ter admitido a Palestina como membro pleno.
"Tínhamos de fazer um pagamento de US$ 60 milhões à Unesco em novembro e não vamos fazer", disse Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado, em entrevista.
Washington se opõe ao pedido palestino de uma cadeira na ONU sob o argumento de que isso não ajudaria nos esforços de reviver as negociações de paz com Israel, que sofreram colapso no ano passado.
O financiamento americano equivale a pouco mais de 20% das verbas totais da Unesco.
Membro pleno
A agência cultural da Organização das Nações Unidas concedeu o status de membro total aos palestinos no órgão, em uma votação que pode impulsionar a tentativa da nação de ser reconhecida como Estado perante a ONU.
A Unesco é a primeira agência da ONU em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de uma cadeira na ONU, em 23 de setembro.
A adesão foi aprovada por 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 contra.
EUA, Canadá e Alemanha votaram contra. Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e França, entre outros, votaram a favor. O Reino Unido se absteve.
O governo brasileiro, em nota do Itamaraty, parabenizou os palestinos.
Os Estados Unidos já haviam dito que vetariam a reivindicação palestina na ONU e também de outros órgãos da ONU.
O ministro do Exterior palestino Riyad al-Malki (centro) é visto entre o secretário da Organização de Cooperação Islâmica Ekmeleddin Ihsanoglu (dir.) e o embaixador palestino na Unesco Elias Sanbar (dir.) na sede da Unesco em Paris nesta segunda (31) (Foto: Reuters)O ministro do Exterior palestino, Riyad al-Malki (centro), é visto entre o secretário da Organização de Cooperação Islâmica, Ekmeleddin Ihsanoglu (esq.), e o embaixador palestino na Unesco, Elias Sanbar (dir.), na sede da Unesco em Paris nesta segunda (31) (Foto: Reuters)
Israel critica
A admissão palestina afasta as perspectivas de um acordo de paz, afirmou nesta segunda o governo israelense, ao condenar "a manobra unilateral" palestina.
"Israel rejeita a decisão da Assembleia Geral da Unesco (...) aceitando a Palestina como Estado membro da organização", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores, ao estimar que "se trata de uma manobra palestina unilateral que não mudará nada no terreno, mas que afasta a possibilidade de um acordo de paz".
Os países que, como a França, apoiaram o pedido verão sua influência sobre Israel enfraquecer, afirmou nesta segunda-feira o embaixador israelense, Nimrod Barkan.
"Isto vai enfraquecer a capacidade deles de influenciar na posição de Israel", principalmente em relação ao processo de paz, disse à AFP.
Os países que votaram sim "adotaram uma versão de ficção científica da realidade ao admitirem um Estado que não existe nesta organização encarregada da ciência... A Unesco deve se preocupar com a ciência e não com a ficção científica", acrescentou.
Plenário da Unesco após a votação da adesão palestina nesta segunda (31) (Foto: AP)Plenário da Unesco após a votação da adesão palestina nesta segunda (31) (Foto: AP)

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