Ao comentar hoje (30) a queda de 0,2% no crescimento econômico
do primeiro trimestre, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o
desempenho negativo já estava previsto e que a volta do crescimento
depende de reformas econômicas, e não de medidas de estímulo pontuais.
“Nós não vamos fazer truques ou mágicas”, afirmou. “As pessoas têm que
entender que nós precisamos das reformas exatamente para retomar o
crescimento”, disse o ministro, na porta do ministério, após uma reunião
com a bancada do partido Novo na Câmara. “Nós não vamos fazer truques
nem mágicas, vamos fazer reformas sérias, com fundamentos econômicos”,
acrescentou. Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgou o crescimento do Produto Interno Bruto no
primeiro trimestre, que confirmou expectativas de retração em 0,2%. Ao
comentar as revisões para baixo sobre o crescimento do PIB para 2019,
que vêm sendo feitas por economistas desde o início do ano, Guedes disse
que após a eleição houve “um otimismo” em relação ao crescimento,
devido à “potência da plataforma liberal”, mas que houve a necessidade
de ajustes devido à demora na aprovação da reforma da Previdência, que
deve abrir caminho para outras mudanças estruturais. “Esse sonho do
crescimento está ao alcance das nossas mãos. É só implementar as
reformas. Como demorou um pouco a implementação das reformas, as
previsões foram revistas para baixo”, disse Guedes. O ministro se disse
confiante de que a reforma da Previdência será aprovada ainda no
primeiro semestre, o que deve dar um “horizonte fiscal de 10, 15, 20
anos”, incentivando a volta dos investimentos.
Agência Brasil
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