De acordo com Aleandra, seu pai foi levado para o Oitavo Centro de Saúde, no bairro de São Caetano, em Salvador, na madrugada do último dia 29, onde recebeu o diagnóstico.
“Lá é um posto de emergência. Não tem condições de ele ficar nesse Centro. Ele está sem falar, um lado do rosto está paralisado. Nessa unidade ele só tem paliativo, apesar de ter bons médicos. A pressão dele não baixa, agora pela manhã enquanto estava vindo, minha irmã disse que ele está inconsciente”, detalha o drama.
E continua: “mandaram para regulação, mas o estado disse que não tem vaga. Os médicos de lá já mandaram três pedidos de regulação para internamento dele com urgência. Eu estou vendo meu pai morrer em cima de uma cama de hospital, e o estado, que é o mantenedor da saúde da gente, que regula, está negando o direito dele”, detalha.
Desesperada por conta do estado de saúde do pai, Aleandra, com a ajuda da cunhada que é advogada, entrou com um pedido na Justiça para obter uma resposta mais rápida do estado. De acordo com a decisão assinada pela juíza Célia Maria Cardoso dos Reis Queiroz, "o paciente deve ser internado em unidade de terapia intensiva a ser disponibilizada gratuitamente em rede pública ou particular, durante o período necessário ao seu tratamento, inclusive com todo o medicamento sendo custeado".
Ainda segundo a decisão, que tem como réus o Estado da Bahia, o Município de Salvador e Central Estadual de Regulação, caso não seja cumprida a ordem, eles deverão pagar multa diária de R$ 500.
“O estado diz que não tem vaga, mas eu procurei saber, e sei que tem vaga no Hospital Santa Izabel e Português. Pelo que percebo só quer procurar em hospitais públicos. A Justiça já disse que meu pai tem que ser transferido imediatamente. Já pedi, já chorei. Todo mundo tem direito a vida. Esse negócio de regulação é uma maldição”, lamenta.
Fotos: Roberto Viana // Bocão News
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