MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 2 de novembro de 2014

Produtores enfrentam queda na produção de mel em Petrolina, PE


Criadores registraram uma queda de até 70% na produção.
Falta de chuvas prejudica a polinização.

Do G1 Petrolina
Criadores de abelhas sem ferrão do Projeto Pontal, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão pernambucano, enfrentam dificuldades na produção de mel. A falta de chuvas faz com que as plantas não tenham folhas e nem flores, o que impede que os insetos possam fazer a polinização.
Em Petrolina existem cerca de 40 criadores de abelhas sem ferrão. No ano passado, eles conseguiram colher 80 litros de mel. Este ano ainda a produção não chegou aos 50 litros. Eles dizem que a escassez de chuvas provocou uma queda de até 70% na produção, já que desde o mês de maio deste ano não chove em Lagoa dos Cavalos, na Zona Rural do município.
A meliponicultura Sabrina Freitas tem uma criação com 20 colmeias com abelhas do gênero dos meliponídeos, que não possuem ferrão. Nos últimos meses, ao abrir as caixas, ela se depara com as melgueiras vazias. “Só em época de chuva que a gente consegue ter uma produção maior. Então a situação é triste para nós meliponicultores”, explica.
Falta de chuvas prejudica produção de mel dos agricultores do projeto Pontal (Foto: Reprodução/TV Grande Rio)Falta de chuvas prejudica produção de mel dos
agricultores do projeto Pontal
(Foto: Reprodução/TV Grande Rio)
Para tentar evitar que as abelhas morram por falta de alimento, ou que abandonem as colmeias, os criadores adotaram algumas técnicas de sobrevivência. Uma das alternativas é o plantio de flores que ajudam na produção de mel ao redor do meliponário. Espécies como amor-agarradinho, flor de mel e mouringa só resistem à seca graças à irrigação. Elas chamam a atenção das abelhas.
Outro recurso utilizado pelos produtores é a alimentação artificial. Preparada à base de água e mel de abelhas com ferrão, uma mistura é colocada em pontos estratégicos das caixas com a ajuda de seringas. O meliponicultor Clefson Senna tem mais de 74 mil abelhas, divididas em 74 colmeias e garante que as técnicas funcionam. “Quando bate esse tempo de estiagem que não tem florada, a gente tem que entrar com alimentação artificial para manter esses enxames, para não vir a morrer e fortalecer esses enxames quando tiver as primeiras chuvas e florada, isso para que as abelhas mantenham a produtividade”, relata Clefson.

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