MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Perigo: Profissionais da saúde usam jaleco fora do ambiente de trabalho


por
Kelly Cerqueira
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Diferente da orientação recebida ainda nas faculdades de medicina, alguns profissionais da saúde insistem em fazer uso dos jalecos fora do hospital.
Em alguns estados do Brasil há até leis que proíbem a prática, mas em Salvador, não é difícil encontrar médicos, enfermeiros e técnicos utilizando o item de segurança do ambiente de  trabalho. Seja no intervalo do almoço, no ônibus, ou simplesmente no manuseio durante o transporte de um lugar para o outro, a exposição dos jalecos representa riscos a saúde pública.
Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Jecé Brandão, a existência de uma lei para impedir a prática é algo desnecessário, já que o assunto é debatido nas escolas de medicina. “Todo profissional sabe que o jaleco é para ser utilizado somente no ambiente de trabalho. Isso não é segredo para ninguém” afirmou, lembrando que a utilização do item tem o objetivo de proteger tanto o profissional, quanto os pacientes.
Ele explica que a vestimenta pode guardar micro-organismos, existentes ou contraídos durante consultas nos ambientes de trabalho e por este motivo, requer cuidado no manuseio fora destes locais. Da mesma forma, a exposição nas ruas, seja em uma passagem rápida numa lanchonete ou em qualquer outro ambiente público, pode levar microrganismo para dentro dos consultórios e hospitais.
Na manhã de ontem, a Tribuna flagrou alguns profissionais deixando o ambiente de trabalho com jalecos dobrados nos braços. Entre eles, uma médica que preferiu não se identificar, deixava o Hospital das Clínicas, no Canela, em direção a outro centro de saúde, onde também atua. Quando questionada sobre o perigo na exposição do uniforme durante o transporte de um local para o outro, a médica preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
“Há muitas doenças transmitidas através do simples contato com o ar, de fácil contágio e a má utilização dos jalecos pode sim ajudar na propagação destas enfermidades”, continuou Brandão. No entanto, ele acredita que o índice desta prática vem caindo ao longo dos anos. “Era mais comum antigamente”, opina. Atualmente, segundo ele, há no mercado especializado compartimentos próprios para acondicionar estes itens de forma segura, tanto para os pacientes, quanto para os médicos. “Às vezes, são atitudes simples que ajudam a eliminar riscos de contaminação”, continuou, ressaltando também a importância de sempre lavar as mãos ao trocar de ambientes.

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