Dilma vai cortar as pensões das viúvas, mexer no seguro-desemprego e acabar com o PIS?
Uma das despesas que sofrerá cortes são as despesas pagas às viúvas,
que tem um custo anual de cerca de R$ 90 bilhões. Além disso, Dilma
estuda, como já anunciado neste blog, cortar o seguro-desemprego, os
abonos salariais e o auxílio-doença, que somam outros R$ 70 bilhões
anuais. Tudo isso para pagar a campanha da reeleição, que durou quatro
anos. Ou seja: desde o primeiro dia que o poste do Lula subiu pela rampa
do Palácio do Planalto.
O pacote fiscal em elaboração pelo governo Dilma contempla cortes de
despesas já prometidos no passado e que não conseguiram interromper o
aumento de gastos da União nos últimos anos --alguns foram até
engavetados.
Na lista estão seguro-desemprego, abono salarial, auxílio-doença e
pensão por morte, despesas que, segundo disse o ministro Guido Mantega
(Fazenda) nesta sexta (7), devem sofrer reduções a fim de aumentar a
economia feita pelo setor público para pagar juros da dívida.
Mantega, que não permanecerá no governo no segundo mandato de Dilma
Rousseff, reforçou a política da presidente de fazer um ajuste fiscal
gradual, sem cortes drásticos de despesas que possam comprometer a
geração de empregos.
Logo depois da eleição, a presidente Dilma admitiu que será necessário
fazer cortes de despesas por causa da queda no superavit primário. Neste
ano, o setor público não vai cumprir sua meta de economizar 1,9% do
PIB. Até setembro deste ano, apenas o governo federal acumulou um rombo de R$ 15,7 bilhões em suas contas.
Foi a primeira vez desde o Plano Real, lançado em 1994, que houve
deficit primário no ano, ou seja, o governo teve de se endividar para
fazer pagamentos rotineiros e das obras de infraestrutura. Apenas no mês
de setembro, as despesas com pessoal, programas sociais,
investimentos e custeio superaram as receitas em R$ 20,4 bilhões, o
maior valor em vermelho para um mês.
Segundo Mantega, as despesas com seguro-desemprego, abono salarial e
auxílio-doença somam cerca de R$ 70 bilhões por ano. No caso das pensões
por morte, são R$ 90 bilhões por ano. "Então, nós estamos trabalhando para reformatar essas despesas para que
no próximo ano elas estejam em declínio, interrompendo uma elevação que
tem ocorrido neste momento", afirmou.
Não é a primeira vez que o governo acena com mudanças nas regras desses
benefícios. No ano passado, o Ministério da Fazenda propôs aumentar o
tempo mínimo de trabalho que o desempregado precisa comprovar para ter
direito ao seguro-desemprego em caso de demissão.
Foi sugerido também que o abono salarial --que hoje paga um salário
mínimo aos cadastrados no PIS/Pasep que tenham trabalhado por pelo menos
30 dias e recebido, na média do ano, até dois salários-- passasse a ser
proporcional ao número de meses trabalhado. As sugestões foram encaminhadas ao Palácio do Planalto, mas não avançaram.
BLOG DO CORONEL
Nenhum comentário:
Postar um comentário