MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 8 de novembro de 2014

'Não se preocupem com o Fusca', diz Mujica sobre oferta para vender carro


Xeque árabe ofereceu US$ 1 mi por carro ano 1987 do presidente uruguaio.
Mujica se reuniu nesta sexta com a presidente Dilma Rousseff em Brasília.

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
O presidente uruguaio José Mujica no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)O presidente uruguaio José Mujica no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
O presidente do Uruguai, José Mujica, pediu nesta sexta-feira (7) a jornalistas para que "não se preocupem" com a oferta de US$ 1 milhão que disse ter recebido de um xeque árabe pelo Fusca ano 1987 que costuma dirigir pelas ruas de Montevidéu.
Mujica esteve nesta sexta em Brasília, para um encontro de pouco mais de três horas com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Na saída, indagado se venderá o carro, afirmou: "Não se preocupem com o Fusca. Ferros têm preço. O que não tem preço é a vida", sem responder sim ou não.
Segundo noticiou a imprensa uruguaia, Mujica recebeu a oferta durante a cúpula de países do G77+China, em junho, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.
Mujica costuma conduzir o Fusca cor celeste pelas ruas da capital uruguaia. Em 26 de outubro, compareceu para votar nas eleições presidenciais e legislativas ao volante de seu veículo e sem nenhum esquema de segurança. Depois, no mesmo carro, levou a mulher, a senadora Lucía Topolansky, para votar em outro local da capital.
Ao comentar o encontro com a presidente Dilma, Mujica afirmou a jornalistas ter conversado sobre questões que os países têm trabalhado há alguns anos, como a interconexão elétrica, projetos de infraestrutura e que têm a ver com o desenvolvimento da região. "E falamos sobre política porque nós somos seres políticos", disse o presidente.
Reeleição de Dilma
Mujica afirmou que a reeleição de Dilma contribuirá para integração entre os países da América do Sul. “Eu penso que sim. O Brasil é a espinha dorsal da região. O Brasil tem que se dar conta da responsabilidade que tem, de que chegamos muito tarde. O desenvolvimento está chegando tarde. Tem os grandões que se juntam no mundo e, para negociar com esses grandões, temos que somar os pequenos, os médios, todos, todos juntos. Senão, não teremos forças”, afirmou.
Após ser indagado sobre se o atual cenário da economia brasileira “preocupa” o Uruguai, Mujica disse ainda estar acostumado a ler nos jornais da América Latina que os países “nunca estão bem”. "E como podem ver, nós ganhamos a eleição", completou.
Porto
Mujica afirmou ter conversado com a presidente sobre a proposta de se construir um porto voltado para a região no Rio da Prata. Indagado sobre se o porto contaria com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) ou do Banco do Brasil, Mujica afirmou não ter conversado com Dilma sobre o financiamento. “Temos que falar de outras coisas, de como foi o desenvolvimento do Brasil, Paraguai e Bolívia – companheiros no mesmo objetivo – e na Argentina”, completou.
Energia
A presidente Dilma Rousseff defendeu que Brasil e Uruguai vendam um para o outro eventuais excedentes de energia. “Nós conseguimos uma integração energética que está há muito tempo sendo buscada. Essa integração está sendo baseada não só na interconexão de transmissão, mas, também em projetos conjuntos feitos com a Eletrobras e a empresa uruguaia. Isso significa que, quando sobrar energia lá, eles venderão para nós, e, quando sobrar energia aqui, nós venderemos para eles”, disse a presidente.
Dilma e Mujica se cumprimentam em encontro no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma e Mujica se cumprimentam em encontro no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

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