MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Hospital de MT administrado por OSS tem intervenção do estado após falhas


Essa é a 4ª intervenção feita neste ano em unidades administradas por OSS.
Má qualidade no atendimento e na alimentação teriam motivado.

Pollyana Araújo Do G1 MT
Interventor foi nomeado para gerir Hospital Regional de Sinop (Foto: Reprodução/TVCA)Interventor foi nomeado para gerir Hospital Regional de
Sinop (Foto: Reprodução/TVCA)
Indícios de irregularidades no atendimento aos pacientes do Hospital Regional de Sinop, a 503 km de Cuiabá, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), nomeou um interventor para administrar a unidade pelos próximos seis meses. Entre as irregularidades identificadas pela Auditoria-Geral do Estado (AGE) e pela Vigilância Sanitária estão a má qualidade do atendimento prestado e da alimentação. Além disso, as decisões judiciais em favor de pacientes não estariam sendo devidamente cumpridas. Atualmente, o hospital é administrado pela Fundação de Saúde Comunitária de Sinop. O G1 tentou, mas não conseguiu manter contato com a organização social.
O interventor Manoelito da Silva Rodrigues, diretor-geral do escritório regional de Saúde do município, afirmou que serão feitas algumas mudanças, com base nos relatórios da Auditoria e da Vigilância Sanitária, para melhorar o atendimento na unidade. "Terei a missão de acompanhar de perto o trabalho desempenhado pela OSS [Organização Social de Saúde]", disse.
No decreto divulgado no Diário Oficial do Estado que circula nesta quinta-feira (6), o governador justifica a necessidade de fazer a intervenção para regularizar o gerenciamento do hospital. Em 30 dias, deve ser instaurado procedimento administrativo para apurar as irregularidades identificadas pelos órgãos fiscalizadores. Entre as atribuições do interventor estão a gestão dos recursos financeiros destinados à unidade, bem como contratar e demitir funcionários.
Três hospitais continuam sendo administrados por Organizações Sociais de Sáude (OSSs), em Sorriso, Cáceres e Rondonópolis. Outros três, incluindo Sinop, estão sob intervenção do estado e a tendência, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) é o rompimento do contrato com as instituições.
Desde maio deste ano, os hospitais regionais de Alta Floresta e Colíder, que eram administrados pela Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), também estão sendo geridos pelo estado após intervenção por suspeita de desvio de recursos, atrasos no pagamento de salário dos médicos e enfermeiros e falta de licenças e alvarás de funcionamento. Por esses motivos, as unidades haviam sido notificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Após intervenções, o governo rompeu neste ano dois contratos de gestão do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e da Farmácia de Alto Custo. No ano passado, medicamentos vencidos foram encontrados no almoxarifado da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde.

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