Foto: Divulgação
Presidente Dilma Rousseff (PT)
Diante da resistência de parlamentares da própria base aliada à
convocação de um plebiscito para tratar da reforma política, a
presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 5, que “ninguém do
governo pretende ter a fórmula pronta” de como o tema será tratado. “Não
podemos descuidar dos interesses populares expressos durante toda a
campanha. Eu não pretendo, nem ninguém do governo pretende, ter a
fórmula pronta de como isso se dará. Temos de ter a convicção de que
isso é algo que temos de assumir e encaminhar, temos de ter capacidade
de entender que, sem isso, o Brasil não dará os passos que tem de dar”,
discursou Dilma, em solenidade com lideranças do PSD no Palácio do
Planalto. Em entrevista à TV Bandeirantes, logo depois da apuração dos
votos do segundo turno, Dilma afirmou que a reforma poderia ser feita
tanto por plebiscito quanto por referendo. “Não interessa muito se é
plebiscito ou referendo. Mas não é possível supor que a sociedade e a
população vão ficar alheias a esse processo”, disse na ocasião. Lançado
durante a campanha eleitoral deste ano, o programa de governo de Dilma
afirma que “é urgente e necessária uma ampla e profunda reforma política
cujo objetivo é resolver as distorções do nosso sistema
representativo”. “Para assegurá-la será imprescindível a participação
popular, por meio de um plebiscito que defina a posição majoritária
sobre os principais temas”, diz o documento. Nesta quarta-feira, o
vice-presidente da República, Michel Temer, anunciou que o PMDB vai
elaborar uma proposta de reforma política que será enviada ao Congresso
Nacional até o início de 2015. Segundo o vice-presidente, a ideia é
viabilizar a votação de uma reforma política pelo Congresso ainda no ano
que vem.POLITICA LIVRE
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