Foto: Montagem Política Livre
As despesas de campanha declaradas pelos candidatos que
disputaram o governo do estado este ano ultrapassaram os R$ 74 milhões –
sem contar o que foi gasto por Da Luz (PRTB), que não apresentou as
informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em relação à última
eleição para o governo do estado, quando as campanhas gastaram pouco
mais de R$ 40 milhões, houve um aumento de 85% este ano. Se alguém ainda
tem dúvida do quanto custou caro a disputa do governo, o dinheiro que
os seis candidatos usaram este ano para chegar ao Palácio de Ondina
seria suficiente para construir, com direito a troco, os viadutos do
Imbuí, cujos investimentos anunciados foram de R$ 70 milhões, ou bancar
as obras de duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, cujo custo foi de R$
67 milhões. Uma opção mais barata? As obras civis do Hospital do
Subúrbio custaram R$ 48 milhões. O pior de tudo é que não dá para culpar
o aumento no custo de vida. Pelo IPCA, índice que mede a inflação
oficial do país, entre setembro de 2010 e setembro de 2014 o custo de
vida no país aumentou 28% no período. Parece que está ficando mais
difícil convencer os eleitores. Mais caro, com certeza. Se o custo total
das campanhas para o executivo fosse dividido pelos 6.527.223 de
eleitores que escolheram um dos seis candidatos, cada voto válido (os
que contam para decidir a eleição) custou R$ 11,47 este ano – quase o
dobro de quatro anos atrás. Rui Costa (PT), governador eleito, foi o que
pagou mais caro, R$ 12,71.POLITICA LIVRE
Jairo Costa Junior, Correio*
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