Funcionária diz ter encontrado inseto na comida de hospital público de MT

Mulher disse ser comum ver baratas circulando pelo Pronto-Socorro.
Secretário de Saúde informou que dedetização será feita no final de semana.

Pollyana Araújo Do G1 MT

Inseto foi encontrado na comida servida a funcionários (Foto: Viviane Debesa/ Arquivo pessoal)

Ao almoçar nesta quarta-feira (5), uma funcionária do Pronto-Socorro de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, disse ter se deparado com uma situação que lhe tirou o apetite. Viviane Debesa encontrou um inseto na comida oferecida aos servidores da unidade de saúde durante o almoço e, segundo ela, é comum ver baratas e outros insetos circulando pelo balcão do buffet do refeitório.

O secretário da Saúde de Várzea Grande, Daoud Abdallah, informou que as dedetizações são realizadas regularmente na unidade. Disse ainda que uma dedetização está programada para o próximo final de semana. Ele avalia que com o início do período chuvoso os bueiros enchem d'água e os insetos saem em busca de locais secos.

A gente não sabe se serve a comida ou se espanta as baratas"

Viviane Debesa, funcionária do Pronto-Socorro de Várzea Grande

"A gente não sabe se serve a comida ou se espanta as baratas", contou a funcionária. Ela relatou que a alimentação dos trabalhadores é preparada na mesma cozinha que a dos pacientes e que na comida servida aos pacientes também já foi encontrado inseto. A situação, conforme Viviane, piorou nos últimos cinco meses.
Ela reclama que os funcionários não têm condições de comer em outro restaurante, fora do Pronto-Socorro. "Está difícil de comer naquele lugar [hospital] e não dá para pagar para comer fora porque fica caro", afirmou Viviane. Ela cobra que medidas sejam tomadas em relação a ter mais rigor na higiene da unidade de saúde.
Essa não é a primeira vez que baratas são vistas circulando pela unidade. Há menos de dois meses, um homem que acompanhava o sobrinho, que estava internado no Pronto-Socorro de Várzea Grande, fez um vídeo que mostra insetos andando na enfermaria. As baratas passavam entre os pés dos pacientes.
Por conta da precariedade na estrutura do hospital, a direção clínica da unidade elaborou um relatório para denunciar a série de problemas, entre eles a superlotação, falta de medicamentos e de materiais hospitalares, e encaminhou o documento ao Ministério Público Estadual (MPE), que passou a apurar as denúncias.