MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 8 de novembro de 2014

Consumidor baiano está trocando a carne de primeira pela de segunda


por
Matheus Fortes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reginaldo Ipê
Está difícil manter os hábitos de consumo
Está difícil manter os hábitos de consumo
Embora os estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), tenham apontado a queda no preço de muitos produtos da cesta básica em Salvador, alguns itens registraram alta, como é o caso da carne vermelha, que teve aumento de 0,35%, em outubro, relação ao mês anterior. E seguindo a tendência nacional, a alta de preço acabou influenciando no gosto dos consumidores baianos que agora tem dado mais preferência as carnes de segunda. 
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sindicarne/BA), Júlio César de Farias, esse é um caminho natural e até mesmo apropriado para o mercado, na medida em que há equilíbrio econômico no consumo do produto. “Com o maior consumo de carne de segunda, a diferença dos preços diminui por conta da maior procura deste tipo e a menor procura da carne de primeira”, explicou.
Em Salvador, o preço médio da carne de primeira está entre R$ 17 e R$ 20, nos açougues, enquanto que as carnes de segunda estão em aproximadamente R$ 12. Nos supermercados, as médias aumentam entre R$ 22 e R$ 24, no caso dos cortes de primeira, e entre R$ 12 e R$ 14, para os cortes de segunda.  Nos últimos 90 dias, a alta de preço fez com que o consumo da carne de segunda aumentasse em 25%, enquanto que a de primeira tivesse uma queda dos mesmos 25%.
Segundo o presidente do Sindicarne, o aumento de preço tem como influência as perdas do gado bovino durante o período de seca que predominou em boa parte do ano no interior da Bahia e em estados da região Centro-Oeste, culminando em um número menor de abates, e o consequente aumento de preço das carnes. Um fator que, de acordo com Júlio César, deve demorar de três a quatro anos, para se normalizar.
Enquanto isso, ainda há estabelecimentos no qual a corte de primeira – e seus derivados, como alcatra, filé mignon, e contrafilé – ainda são os produtos mais comprados. No Largo Dois de Julho, por exemplo, a carne de primeira ainda é a favorita de muitos clientes dos açougues da região. “Eu ainda prefiro pagar mais caro, pois é uma carne da qual posso aproveitar mais, não tem a mesma quantidade de gordura do que a de segunda”, explica a servidora pública Vitória Silveira.
“Durante os dias úteis, a carne de segunda costuma ser a favorita dos clientes, mas, com a chegada do final de semana, a demanda por carnes de primeira é muito maior, principalmente pelas opções que fazem parte de celebrações como jantares e churrascos, e que tornam estas as mais adquiridas do estabelecimento durante as sextas e sábados”, comentou o proprietário de açougue, Cosme Souza.

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