E
agora, o que a pelegada das centrais sindicais que apoiaram Dilma vai
fazer? Deixar a vaca tussir e ferrar o trabalhador brasileiro?
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o
governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma
“redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte
nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e
abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos.
Os
cortes também envolverão a redução de subsídios financeiros, se o ciclo
de crescimento econômico for retomado. Segundo o ministro, o BNDES está
entre os alvos: — (A redução de despesas) significa dar um subsídio
menor nos
empréstimos que são feitos por exemplo no BNDES — afirmou o ministro. O
banco estatal tem uma série de programas de financiamento com juros
abaixo da taxa básica Selic, incluindo a Taxa de Juros de Longo Prazo
(TJLP), e vem recebendo injeções de recursos do Tesouro Nacional.
Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em
São Paulo, o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é
"fundamentalmente" anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da
crise financeira internacional, o crédito privado secou e foi preciso
que os bancos públicos assumissem um protagonismo. — O papel dos bancos públicos é anticíclico. Quando faltou crédito no
Brasil durante 2008 e 2009, os bancos públicos saíram a campo com mais
crédito e taxas de juros menores. Depois, em 2009 e 2010, os privados
reagiram, recompondo o equilíbrio anterior. Nos últimos anos, voltou a
diminuir o crédito. A estratégia não é fazer com que os bancos públicos
tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica
— explicou.
Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do
superávit primário: — A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse
novo ciclo de
expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política
monetária — disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que
caminhar para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de
2014 — Para isso nós temos agora que fazer uma redução das despesas,
uma redução importante das despesas.
INFLAÇÃO PERTO DE 4,5% AINDA É OBJETIVO
Os comentários do ministro ocorrem em um quadro de profunda
deterioração das contas públicas, com déficit primário recorde em
setembro. O governo precisa revisar sua meta de superávit primário para
este ano e deve fazer o mesmo para 2015. Mesmo assim, serão necessários
cortes de despesas para equilibrar as contas.
Em sua apresentação, o ministro disse que o desafio agora é “fazer a
transição para a economia pós-políticas anticíclicas”, em preparação
para um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira. Mantega
disse que também é preciso recuperar a receita e lembrou que
com uma melhora da atividade econômica, cujas condições “estão dadas”
segundo ele, isso ocorrerá naturalmente.
Do lado da política monetária, o ministro disse que o objetivo para a
inflação é “uma convergência ao centro da meta”, de 4,5%, apontando a
seca deste ano como uma fator de pressão sobre os preços dos alimentos e
as tarifas de energia. — É uma economia pós-crise, com menos estímulos — resumiu,
classificando como um “novo ciclo de expansão da economia”, mas deixando
claro que os estudos não estão concluídos. Sobre o reajuste do preço da gasolina, em 3%, e do diesel, em 5%, a
avaliação é que o impacto na inflação seja de 0,1 ponto percentual. No
acumulado dos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA está em 6,59%, acima do teto da meta, que é de 6,5%.
NOVO MINISTRO
Ao falar do cenário econômico, Mantega afirmou que, apesar das
dificuldades, o governo deve conseguir fazer um saldo fiscal positivo
(superávit) em 2014. Sobre sua saída, reforçou que não sabe quando
acontecerá e evitou fazer comentários sobre possíveis substitutos. — Não
sou a melhor pessoa para comentar o nome desses possíveis ministros —
concluiu. (O Globo)
BLOG DO CORONEL
Ué, que comecem os cortes direto no planalto!
ResponderExcluir