Às margens do São Francisco, cidade encanta pelos casarios coloridos.
Turistas podem passear pela Rota do Cangaço e pelos cânions do rio.
Casarios coloridos são uma das caracteristicas da cidade de Piranhas (Foto: Waldson Costa/ G1)
Não há como não se render aos encantos do Alto Sertão alagoano. Na
região do Semiárido nordestino, onde o "Sertão virou mar", o Rio São
Francisco alagou cânions, permitindo a navegação de embarcações, e o
homem construiu cidades e povoados com casarios coloridos em meio à
geografia acidentada do lugar, que ainda resguarda a história de um dos
personagens mais conhecidos do Nordeste: o cangaceiro Lampião.
Torre do Relógio do centro histórico de Piranhas
(Foto: Waldson Costa/ G1)
A reportagem do G1 apresenta um roteiro turístico
que começa em Piranhas, cidade histórica de Alagoas tombada pelo
Patrimônio Histórico Nacional. Segue pela Rota do Cangaço, percorrendo a
trilha que a volante militar fez em busca do bando de Lampião e Maria
Bonita, até a Grota do Angico, onde parte do grupo foi morto, para
depois desvendar parte das belezas dos Cânions do São Francisco e um
pouco da arte e dos sabores do Sertão.(Foto: Waldson Costa/ G1)
Localizada às margens do Rio São Francisco, a 280 km de Maceió e com pouco mais de 20 mil habitantes, Piranhas é uma cidade que se destaca principalmente devido ao seu patrimônio histórico, que é um dos mais conservados do país. A cidade antiga foi construída "talhada" entre os montes de vegetação da caatinga e ganhou fama ao expor, na década de 30, as cabeças de Lampião e Maria Bonita, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal.
Devido a geografia do lugar, há mirantes por todos os lados na chamada "Cidade Velha", conhecido Centro Histórico, e nos arredores do município. Na área central da cidade, os principais ficam paralelos ao Rio São Francisco, com o estado de Sergipe do outro lado da margem. A visão, tanto destes, como dos demais pontos estratégicos para contemplação do lugar, expõe a beleza exuberante do rio e dos montes.
Aos que dispõem de fôlego, vale percorrer as ladeiras e escadarias em busca dos melhores ângulos para as fotos. Calçados confortáveis e roupas leves fazem a diferença neste percurso, já que o calor costuma ser intenso durante o dia, até mesmo no inverno.
O centro histórico também é local de boemia. De dia, as atenções se concentram nos bares da orla que ficam às margens do São Francisco. Há pontos sinalizados para banho e os mais atentos terão a oportunidade de apreciar as antigas embarcações que fizeram história navegando pelo rio: as canoas de tolda.
À noite, com a cidade iluminada, o cenário da "Lapinha do Nordeste", nome dado por D. Pedro II quando visitou Piranhas, é ainda mais encantador. A animação fica por conta dos bares que se concentram em um largo da parte baixa da cidade.
Considerado um dos principais destinos turísticos de Alagoas, e localizado bem próximo das divisas de Sergipe e Bahia, Piranhas serve de 'porto' para quem deseja aproveitar outros atrativos da região, a exemplo do Complexo Turístico da Chesf, que reúne um conjunto de opções para amantes das belezas naturais e históricas do Sertão e da região do São Francisco.
Com estrutura turística considerável, Piranhas possui pequenas hospedagens, algumas delas localizadas no entorno do centro histórico, e bons restaurantes e agências que oferecem passeios para diversas atrações da região. Há empresas de turismo que operam o destino saindo de Maceió e de Aracaju.
Grupo de atores da companhia de teatro de Piranhas encena personagens do Cangaço (Foto: Waldson Costa/ G1)
Prédios que fazem parte do conjunto arquitetônico da Cidade Velha (Foto: Waldson Costa/ G1)
As históricas canoas de tolda ainda navegam pelo rio São Francisco em Piranhas (Foto: Waldson Costa/ G1)
Mirante
localizado em Piranhas tem vista para represa da Chesf e para os morros
gêmeos conhecidos como peitos da cabocla (Foto: Waldson Costa/ G1)
Vista noturna de um dos principais mirantes da cidade de Piranhas (Foto: Waldson Costa/ G1)
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