Número representa 20% dos 894 atendimentos em JP e CG.
Médico compara acidentes a 'cenário de guerra'.
Neste fim de semana, os Hospitais de Emergência e Trauma de João Pessoa
e Campina Grande atenderam 179 pacientes envolvidos em acidentes de
motocicleta, de acordo com relatórios das duas unidades. O número
representa 20% dos 894 atendimentos realizados pelos dois hospitais
entre o sábado (7) e domingo (8) e é quase oito vezes maior que o número
acidentados em carros (23 pessoas) e quase nove vezes maior que os
feridos por armas de fogo (20). O número total de atendimentos ainda
inclui casos clínicos, como acidente vascular cerebral, ingestão de
corpos estranhos ou queimaduras.
O diretor técnico do Hospital de Trauma de Campina Grande, Flawber
Cruz, compara os acidentes de moto com uma guerra. "É um problema de
forma continuada, um cenário de guerra que tem nos preocupado muito",
revela. Segundo ele, a maioria das vítimas tem entre 18 e 31 anos, em
plena idade produtiva, mas vai ficar pelo menos três meses afastado do
trabalho por conta do tratamento.
Ele observa que 80% dessas vítimas ficam entre três meses e dois anos em processo de recuperação, 15% precisam se aposentar e os outros 5% morrem em decorrência de complicações do acidente, seja na hora, seja no hospital, seja durante o tratamento, por conta de infecções e outras complicações. "Isso gera uma expectativa de vida curta, a motocicleta, somada à bebida alcoólica, se tornou um grande matador de jovens", lamenta.
O médico observa que a Lei Seca reduziu a intensidade de atendimentos e cerca de 40%, mas os fins de semana continuam violentos, especialmente as noites de sábado, o que piora em dias de feriado ou grandes festas nas cidades. Para ele, "é preciso ter mais fiscalização nos períodos festivos, já que quando se pune mais, as pessoas ficam com medo de dirigir embriagadas".
Em João Pessoa, no fim de semana os atendimentos somaram 364, sendo 63 por acidentes com moto, 17 feridos por arma de fogo e 16 acidentes com carro. Em Campina Grande, foram 530 atendimentos, com 116 pacientes acidentados de moto, 7 vítimas de acidentes de carro e três vítimas de tiro.
Ele observa que 80% dessas vítimas ficam entre três meses e dois anos em processo de recuperação, 15% precisam se aposentar e os outros 5% morrem em decorrência de complicações do acidente, seja na hora, seja no hospital, seja durante o tratamento, por conta de infecções e outras complicações. "Isso gera uma expectativa de vida curta, a motocicleta, somada à bebida alcoólica, se tornou um grande matador de jovens", lamenta.
O médico observa que a Lei Seca reduziu a intensidade de atendimentos e cerca de 40%, mas os fins de semana continuam violentos, especialmente as noites de sábado, o que piora em dias de feriado ou grandes festas nas cidades. Para ele, "é preciso ter mais fiscalização nos períodos festivos, já que quando se pune mais, as pessoas ficam com medo de dirigir embriagadas".
Em João Pessoa, no fim de semana os atendimentos somaram 364, sendo 63 por acidentes com moto, 17 feridos por arma de fogo e 16 acidentes com carro. Em Campina Grande, foram 530 atendimentos, com 116 pacientes acidentados de moto, 7 vítimas de acidentes de carro e três vítimas de tiro.
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