Situação afeta 5.800 crianças em Feira de Santana há mais de três meses.
Leite era distribuído pela prefeitura para 72 creches e escolas da cidade.
"Algumas mães disseram que os meninos estavam sentindo dor de barriga e a prefeitura tomou a providência e suspendeu logo esse leite", afirma Jonas Souza, diretor de creche.
O leite estava sendo distribuído pela prefeitura para 72 creches e escolas que faziam o repasse do produto para as famílias carentes. Parte do alimento também era utilizada na merenda dos alunos.
"Nós estamos contando com colaboradores e pedimos à sociedade que faça essa ajuda para pelo menos as instituições filantrópicas de Feira de Santana", apela Patrícia Leal, diretora de creche.
Desde 2011, quando o programa foi implantado em Feira de Santana, o leite vinha sendo fornecido por uma empresa do distrito de Humildes, pertencente ao município. Antes de ser distribuído para escolas e creches beneficiadas com o programa, o leite ficava armazenado em um galpão da prefeitura por no máximo três dias, em uma câmara frigorífica a uma temperatura de quatro graus.
"Esse leite chegava todas as manhãs e antes de acondicionarmos ele na câmara, nós fazíamos alguns testes, inclusive de fervura, para ver a qualidade do leite, e não foi detectada nenhuma irregularidade. Eu não diria que era inseguro e sim sem equipamento adequado", afirma Nivaldo de Jesus, coordenador do programa de distribuição de leite.
O secretário de desenvolvimento social da prefeitura de Feira disse que o governo do estado já realizou testes de laboratório no leite e constatou problemas na qualidade do produto, mas não revela quais foram. Ele afirma ainda que o mesmo fornecedor será mantido.
"O estado ficou de conversar com o fornecedor. A minha expectativa é de que na próxima semana, no máximo, a gente esteja com isso novamente funcionando. O governo do estado acordou com ele [fornecedor] as condições, participou também a Adab [Agência Estadual de Defesa Agropecuária], participou a Vigilância Sanitária, então certamente foram registrados, se precavendo das necessidades e das condições para que a qualidade seja garantida", diz Ildes Ferreira, secretário de Desenvolvimento Social.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, que coordena o programa federal Leite Fome Zero no estado, informou que a suspensão no fornecimento do produto foi feita depois que a Adab interditou a empresa de laticínio de Feira de Santana. Com a regularização da empresa, a Adab determinou a desinterdição. A Secretaria então aplicou multa à empresa e decidiu mantê-la como fornecedora para o município.
Ainda segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, o fornecimento vai ser restabelecido à medida que a produção, que foi atingida pela seca, for se recuperando. Também disse que já foram distribuídos mais de 76 toneladas de leite em pó para 14 municípios da região de Feira de Santana.
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