MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 7 de setembro de 2013

Após desfile da Independência, Grito dos Excluídos protesta na capital


Manifestação popular faz passeata pacífica há 19 anos após desfile.
Diversas categorias e representações se aglomeram no Campo Grande.

Do G1 BA

Paralelo ao desfile da Independência, grupo se reúne para protestar (Foto: Egi Santana/ G1)Movimento Sem Teto fez parte do Grito dos Excluídos (Foto: Egi Santana/ G1)
Pouco depois do início do desfile cívico pelo 7 de Setembro em Salvador, grupos de diversas categorias e representações começaram a chegar à região do Campo Grande onde se concentram para a realização de um protesto. Eles compõem o Grito dos Excluídos, manifestação popular composta por entidades, grupos religiosos e movimentos sociais, que desfila há 19 anos.
Paralelo ao desfile da Independência, grupo se reúne para protestar (Foto: Egi Santana/ G1)Professores comparecem à mobilização (Foto: Egi Santana/ G1)

Às 10h, cerca de 300 pessoas já estavam no local. Marivaldo Rodrigues, do acampamento Paz e Vida, na Mata Escura, está entre os que saíram de casa neste sábado chuvoso para reivindicar. "Estamos aqui para nos incluir no Grito dos Excluídos, reivindicando nossos direitos para que o prefeito e as autoridades vejam nossos direitos", afirma.
Depois da série de manifestações que ocorreram no país este ano, o governador Jaques Wagner afirmou em entrevista que esse 7 de Setembro tem um significado diferente. "Tem porque, é claro, todo mundo se preocupou para que esse 7 de Setembro pudesse ser a data maior do Brasil, que corresse tudo bem, mas eu acho até que tem um  tempero de democracia. Ou seja, a independência significa nossa luta para não sermos tutelados por ninguém. O fato de ter havido o movimento de rua mostra que esse espírito de liberdade ainda existe, é a independência do povo brasileiro, onde as pessoas se expressam e creio que fortalece a democracia", diz.
Representantes de categorias profissionais, como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), fazem parte da concentração. Integrantes do Movimento Sem Teto foram ao Campo Grande vestindo camisas com a frase: "Deixe o crack e seja um craque na vida".
A inspiração para a frase partiu de Anelita Teixeira, uma das das coordenadoras do movimento em Salvador. "Essa realidade das drogas é muito comum em pessoas como a gente, que são mais pobres. Essa frase veio porque tenho um irmão que foi usuário de crack e a gente sentiu como é isso todo dia, como são as drogas“, explica.
Paralelo ao desfile da Independência, grupo se reúne para protestar (Foto: Egi Santana/ G1)Paralelo ao desfile da Independência, grupo se reúne para protestar (Foto: Egi Santana/ G1)
Sobre a participação no Grito dos Excluídos, ela acrescenta que a ocasião é de apresentar os pleitos da sociedade. "Somos excluídos da sociedade, temos que pedir casa, e quando ganhamos casa, nós somos jogados em locais como depósito de humanos, em áreas sem infraestrutura. Nós somos os excluídos dos excluídos", pontua.
Um grupo de policiais federais também foi ao centro da cidade para lembrar as reivindicações da categoria, que paralisou as atividades na quinta-feira (5) em todo o estado. Os profissionais dizem que o ato tem por objetivo chamar a atenção para as condições de trabalho da categoria e necessidade de reforço na quantidade de policiais.
A previsão é que o Grito dos Excluídos saía em passeata pelo centro da cidade assim que o desfile cívico seja encerrado na capital baiana. A expectativa dos grupos concentrados no Campo Grande é de que o ato seja pacífico.
Desfile
Autoridades como o governador Jaques Wagner e o prefeito ACM Neto participaram do hasteamento da bandeira, que antecedeu o início do desfile cívico-militar. O trânsito foi interrompido na região.
Governador Jaques Wagner e prefeito ACM Neto participam do hasteamento da bandeira em Salvador (Foto: Danutta Rodrigues/ G1)Hasteamento da bandeira com participação de
autoridades políticas (Foto: Danutta Rodrigues/ G1)
Entre a multidão que acompanhou os desfiles em Salvador, estava Maria José, que há oito anos assiste ao desfile do 7 de Setembro. Ela conta que uma de suas filhas serve na Marinha e a outra estuda no Colégio Militar. "Mesmo com chuva acordei cedo para estar aqui, saí da Pituba para assistir às minhas duas filhas desfilarem", afirma.
Câmeras de monitoramento foram instaladas em uma das esquinas do Campo Grande. Todas as ocorrências poderão ser acompanhadas pela Central de Polícias. A Polícia Militar mantém uma base na esquina da Rua Banco dos Ingleses durante 24 horas.
Desfile Sete de Setembro em Salvador (Foto: Danutta Rodrigues/ G1)Desfile Sete de Setembro em Salvador (Foto: Danutta Rodrigues/ G1)
*Com informações do repórter Egi Santana.

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