JORNAL A REGIÃO
Proibido de entrar nos Estados Unidos desde agosto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tentou forçar a barra, integrando-se à comitiva de Lula da Silva (PT) para a abertura da Assembleia Geral da ONU, mas passou vergonha ao ser informado de que não poderá circular livremente em Nova York, destino de sua viagem.
Ganhou um visto que, no jargão diplomático, é chamado de “visto pária”, conferido a tiranos e a violadores dos direitos humanos sancionados pelo governo dos EUA. Com isso, ele acabou por desistir de embarcar na comitiva de Lula a Nova York, neste domingo (21).
O visto que Padilha recebeu, da categoria G2, após muita insistência de diplomatas brasileiros, permitiria ao ministro circular apenas do hotel aos locais de reunião oficial, ou sejam, a sede das Nações Unidas e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), onde haverá um convescote de ministros da Saúde.
A punição a Padilha decorre do seu papel na implementação do Mais Médicos, programa baseado em relação análoga à escravidão com médicos cubanos. O “visto pária” tem sido concedido por força de acordos internacionais, permitindo que mesmo figuras perigosas, tiranos e seus auxiliares sancionados participem de eventos em organismos internacionais.
Como Padilha, receberam “vistos-pária” ditadores como Fidel Castro (Cuba), Sadam Houssein (Iraque) e Hugo Chávez, além de membros de ditaduras militares violadoras de direitos humanos. Se optasse por viajar mesmo assim, o ministro seria monitorada pelas autoridades norte-americanas.
Ele ficaria sujeito a detenção e deportação caso fosse visto em outro local diferente do hotel, da ONU e da Opas. Aliás, funcionários da Opas também foram punidos com cancelamento de visto pela concepção do programa baseado no tratamento desumano aos médicos cubanos, que ficavam apenas com 10% do salário contratado.
A Opas recebia uma espécie de “comissão” de 5% e a ditadura de Cuba os demais 85%. Em agosto, os EUA cancelaram o visto da mulher e da filha do ministro. A autorização de Padilha para entrar no país não tinha sido alvo do governo de Donald Trump, porque já estava vencida.
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