Por: Benedito André Costa – Presidente do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Nordestina (COPANE)
O Conselho Estadual de Participação e
Desenvolvimento da Comunidade Nordestina de São Paulo (COPANE) completa
20 anos de história. Criado pela Lei nº 12.261, de 26 de setembro de
2005, o órgão nasceu da necessidade de dar voz e representatividade aos
nordestinos que, ao longo das últimas décadas, migraram para o Estado em
busca de oportunidades.
Muitos desses homens e mulheres
chegaram apenas “com o braço, a perna e a cabeça”, como costumo dizer,
trazendo na bagagem o sonho de construir uma vida melhor e sustentar
suas famílias. Mas a migração também trouxe desafios: a discriminação, a
falta de acolhimento e as dificuldades de adaptação. Foi nesse cenário
que um grupo de lideranças se uniu para reivindicar a criação de um
espaço oficial que valorizasse a cultura nordestina e enfrentasse as
desigualdades.
Desde então, o COPANE vem se
consolidando como elo entre a comunidade e o Governo do Estado. Mais do
que preservar tradições, nosso trabalho é lutar por políticas públicas
que melhorem a vida de milhares de nordestinos que hoje fazem parte da
história de São Paulo.
Ao longo dessa trajetória,
conquistamos avanços importantes. Criamos conselhos municipais em
cidades como Guarulhos, Guarujá, Osasco, Santos e Peruíbe, fortalecendo a
representação local e aproximando ainda mais o poder público das
comunidades. Iniciamos a construção de espaços de memória e convivência,
como o Parque do Nordestino, em Osasco, e a futura embaixada nordestina
em Sorocaba, reforçando o orgulho das nossas origens.
Também realizamos grandes eventos
culturais, a exemplo da Parada Nordestina em Santos, que terá sua
primeira edição em outubro e já nasce com a força de uma semana inteira
de celebração. Além disso, avançamos com a aprovação da Lei nº 17.650,
que autoriza a implantação do Museu da Comunidade Nordestina, um marco
para a valorização da nossa história.
Outro passo importante foi a ampliação
da representatividade. Inicialmente, o Conselho reunia representantes
dos nove estados do Nordeste, mas, à medida que a atuação avançou,
percebeu-se a necessidade de incluir também os estados da Região Norte,
que possuem forte ligação histórica, cultural e que enfrentam desafios
semelhantes. Assim, o conselho passou a abranger 14 estados brasileiros,
garantindo que as demandas de toda essa comunidade migrante fossem
ouvidas e representadas.
O acolhimento dos novos migrantes
também é parte essencial da nossa missão. Por meio das associações
parceiras, oferecemos apoio nos primeiros meses de chegada, auxiliando
na busca por moradia, emprego, saúde e educação para as famílias. Esse
trabalho é fundamental para que ninguém se sinta sozinho ao iniciar a
vida em São Paulo.
Não posso deixar de destacar o apoio
que temos recebido do Governo do Estado, em especial do governador
Tarcísio de Freitas e do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio
Prieto, que têm dado condições para que o COPANE amplie suas ações.
Somos um braço do governo junto à comunidade, e nosso compromisso é
transformar demandas em realizações.
Nestes 20 anos, o Conselho mostrou que
a comunidade nordestina e agora nortista é sinônimo de trabalho,
alegria e resistência. Nossa missão é continuar promovendo inclusão,
combatendo o preconceito e garantindo que todos tenham seus direitos
respeitados.
O nordestino que chega a São Paulo não
vem somente para buscar oportunidades: ele traz cultura, força e
esperança. E é essa energia que faz o COPANE seguir firme em sua
trajetória.
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