JORNAL A REGIÃO
A escalada de pedidos de demissão do serviço ativo, a baixa, continua a assombrar os comandos militares. Os comandantes evitam falar sobre os salários e procedimentos legislativos que tramitam no Congresso Nacional com o intuito de alertar o Executivo Federal sobre o déficit nos pagamentos dos militares das Forças Armadas.
A remuneração é apontada como um dos principais problemas que levam aos pedidos de demissão de oficiais e sargentos do Exército, Marinha e Força Aérea. As demissões, antes restritas a oficiais recém incorporados, cada vez mais inclui os oficiais superiores, como majores da FAB e Capitães de Corveta na Marinha do Brasil.
São aqueles com maior capacitação, em nível de pós-graduação militar, aptos a exercer postos de comando em navios ou organizações militares com grandes contingentes. Foram criados grupos de trabalho para tentar encontrar explicações e soluções para a situação, circulando entre o Ministério da Defesa e comandos militares.
Nos corredores dos quartéis, militares discutem soluções paliativas para estancar a sangria de profissionais, geralmente melhorias salariais que não tem a necessidade de passar por longos processos legislativos, como a criação de cursos que proporcionam adicionais ao salário de categorias específicas e o aumento de adicionais.
Só neste mês, que ainda não terminou, segundo Portarias assinadas pelo Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais e Diretoria do Pessoal da Marinha, a força naval autorizou o desligamento de mais dois Capitães Tenentes, dois segundo tenentes e até de um Capitão de Corveta.
A onda de demissões é tão significativa que já chega a afetar o número de associados em clubes militares. O Clube Militar, com sede no Rio de Janeiro, chegou a perder 1/3 dos associados nos últimos 6 anos. A instituição se esforça para cooptar associados entre os jovens que frequentam academias militares. Com Revista Sociedade Militar
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