Carlos Martins, comentou a determinação da Justiça Federal que suspende os efeitos da Instrução Normativa 09/20 da Funai sobre as terras indígenas.
Foto: Divulgação SJDHDS
“Uma decisão que defende os direitos humanos e a dignidade dos povos indígenas na Bahia. Uma vitória importante nesse processo de luta pela terra, pelo respeito e pela manutenção das tradições. Uma ação importantíssima diante do atual e preocupante cenário nacional de tentativa de desmonte das políticas indigenistas”, assim o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), Carlos Martins, comentou a determinação da Justiça Federal que suspende os efeitos da Instrução Normativa 09/20 da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre as terras indígenas.
Com a determinação, a normativa
é anulada e, com isso, suspensas as restrições impostas ao direito
originário dos índios às suas terras. “A normativa era um absurdo, uma
agressão e um incentivo aos conflitos fundiários, que são muito
violentos e danosos aos povos indígenas” disse o secretário.
Segundo
o gestor da pasta, o processo para demarcação de terras indígenas, de
competência federal, “tem andado vagarosamente, em especial na Bahia,
onde praticamente não há terras completamente demarcadas pela União.
Assim, milhares de índios da Bahia estavam sendo diretamente lesionados
em seus direitos pela Instrução Normativa 09/2020”.
Com a
decisão liminar, proferida pela Justiça Federal da Bahia, determinou-se
que a declaração de reconhecimento de um imóvel deve, necessariamente,
levar em consideração diversas modalidades de expressão de posse
indígena: terras dominiais indígenas plenamente regularizadas, reservas
indígenas, terras indígenas em processo de demarcação ou de
regularização em distintas etapas do processo, terra indígena declarada e
terra indígena com portaria de restrição de uso para localização e
proteção de índios isolados.
“Esta deliberação expressa não só
a sensibilidade do Judiciário e do Ministério Público ao momento pelo
qual passam os povos indígenas, como também a própria força das
comunidades indígenas, que se organizaram, acionaram os órgãos públicos e
conseguiram efetivamente se defender do ataque representado pela
Instrução Normativa 09/2020 da FUNAI," concluiu o secretário.
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