Peste prova que a humanidade não evolui moralmente um centímetro, apesar de o marketing vender o contrário. Luiz Felipe Pondé via FSP:
Máximas vindas do coração da peste:
1) Os idiotas da peste estão por toda parte. Seguem seu mito.
Fazem pancadão e churrasco na cobertura do prédio. São responsáveis,
indiretamente, em parte, pelas mortes ao dar sustentação a um governo
irresponsável. Alguém ainda duvida de como nossa espécie é irracional?
2)
A vacinação centralizada no Estado é coisa de gente atrasada. Muita
dessa gente atrasada tem diploma e é especialista em epidemiologia. Já
temos mercado paralelo, corrupção, nepotismo e truques oportunistas de
gente que se encosta em quem de fato está na linha de frente para
faturar vacina furando a fila. A vacina virou mais um mercado para a
corrupção. Quem quiser ver verá: nasce um canalha a cada instante.
3)
Quanto mais a mídia esfregar na cara das pessoas um alto número de
mortos, mais indiferente elas ficarão. Grandes calamidades são
monótonas. Nunca subestime a potência da monotonia como causadora de
indiferença ao sofrimento alheio. Faltou inteligência aos jornalistas:
correndo atrás de “opiniões científicas” a todo custo, acabaram por
ingressar no frenesi do excesso de dados.
4)
A peste se tornou um grande mercado para oportunistas (com ou sem
diplomas) virarem celebridades vendendo o terror. Revistas científicas
de renome buscando furos. Artigos sem revisão pelos pares saem na mídia
como verdade última acerca da não eficácia de vacinas. Cientistas
buscando seus 15 minutos de sucesso. O vírus é parceiro da vaidade.
5)
Grande parte do país é composta de retardados mentais em todos os
espectros sociais e econômicos. Do pancadão à cobertura do prédio, a
saturação de gente boçal é gigantesca.
6)
Os burocratas do Judiciário só querem aparecer, inclusive atrapalhando
no que for necessário para desfilar o poder da sua caneta sobre nós
mortais.
7)
Os militares perderam uma grande chance de mostrar autonomia em relação
ao mito e se tornar uma força clara no combate à peste. As Forças
Armadas hoje são uma sombra atrás do mito, que as chama de “meu exército”.
8)
A classe política brasileira, em grande parte, mais uma vez mostrou seu
oportunismo, politizando a peste, o tratamento e a vacina, fazendo do
Brasil uma república das bananas.
9)
Em outras épocas, as igrejas —fossem de que denominação for— eram
agentes claros de civilização e combate a pestes. Pergunto: para além da
preocupação com seus “dízimos”, o que as igrejas têm feito como
protagonismo no combate da peste?
10) A peste já deveria ter derrubado Bolsonaro da Presidência, se as Casas Legislativas tivessem um mínimo de vergonha na cara.
11)
O STF tampouco tem sido um agente exemplar na peste. Indiferente a ela,
tenta furar a fila da vacina e finge estar preocupado com o país
exigindo um “plano de vacinação” do inútil Ministério da Saúde, como se
essa exigência tivesse alguma validade efetiva contra as mortes.
Bravatas togadas.
12)
No Brasil, a burocracia durante a peste tem demonstrado o quanto ela
pode ser um entrave na solução dos problemas, mesmo quando essa
burocracia vem de especialistas em saúde pública e vacinas.
13)
O Brasil é um país, em grande parte, de ladrões e oportunistas. E essa
gente mau caráter pesa sobre os ombros de quem luta no dia a dia, na
peste e mesmo além dela, para fazer do Brasil um país menos canalha.
Eventos como a peste deixam claro o mau-caratismo de uma população. Em
meio a esses ladrões e oportunistas tem gente com ou sem casaca, com ou
sem colarinho branco, com ou sem diploma, de todos os espectros
ideológicos.
14) Esquerda e direita têm demonstrado, ao longo da peste, o lixo que são.
15) No Brasil, se você for inteligente, você será corrupto, político ou juiz.
16)
As redes sociais brilham com a luz do Hades. Entre os mais adictos
nelas estão os veículos de mídia que podem destruir sua credibilidade à
medida em que rezam no altar do “deus engajamento”.
17) A peste prova que a humanidade não evolui moralmente um centímetro, apesar de o marketing vender o contrário.
18) A melhor coisa a fazer é não acompanhar mais o ruído. O silêncio e o quietismo são hoje formas de higiene pessoal.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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