MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de novembro de 2015

Prefeitura de São Mateus, ES, quer construção de barragem


Preocupação é que lama chegue pelo litoral até a foz do rio Ipiranga.
Maior parte da lama está seguindo para o Norte do estado.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
Prefeitura de São Mateus quer construção de barragem na foz do Rio Ipiranga, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Prefeitura de São Mateus quer construção de barragem na foz do Rio Ipiranga (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
A Prefeitura de São Mateus, na região Norte do Espírito Santo, quer a construção de uma barragem no encontro do mar com o Rio Ipiranga. A preocupação é que a lama de rejeitos de minério chegue na foz do rio e o contamine. A Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana PHP, empresa responsável pelas barragens que romperam em Mariana, disse está tomando as providências para reduzir as consequências do avanço da lama
 
Pescadores, comerciantes e moradores do distrito de Urussuquara estão preocupados com a aproximação da lama na região. Eles pedem urgência na construção da barragem. “Se virar um vento rapidinho, não vai demorar para a lama vir pra cá”, disse uma moradora.
Linhares
Para impedir que a lama de rejeitos chegue às lagoas, a Prefeitura de Linhares, na região Norte do Espírito Santo, começou a construir barragens de proteção. Ao todo, 20 lagoas do município recebem interferência do Rio Doce, que está contaminado após o acidente.
Na lagoa de Terra Alta, está sendo construída a segunda barragem do município. O local é um dos primeiros a receber as obras, porque caso aconteça uma enchente no Rio Doce, logo será atingida pelas águas de rejeitos de minério.
“Nesse caso específico aqui, nós estamos impedindo que essa água entre na lagoa de Terra Alta, é uma das lagoas que nós mapeamos ao longo do Rio Doce. Na margem direita e esquerda, nós temos aproximadamente 20 lagoas que recebem interferência do Rio Doce, quando acontece uma cheia”, disse o secretário de Obras Euder Pedroni.
Além de Terra Alta, outras três barragens também estão sendo construídas: a da Lagoa de Terra Altinha, Valão de Terra Alta e a do Rio Pequeno. Ao todo, serão 11 barragens construídas.
“Esse mapeamento diz para nós qual é a lagoa que recebe interferência primeiro, quando acontece o início de uma enchente. Em posse dessas informações, nós estamos agindo nessas onde há primeira interferência. Onde há o risco primeiro momento de alagamento”, completou Pedroni.
As obras são emergenciais e, por isso, homens e máquinas correm contra o tempo, já que a lama continua descendo pelo Rio Doce. As barragens devem ficar prontas em até 10 dias.
Projeto Tamar
O Projeto Tamar começou, nesta sexta-feira (27), a coletar sangue de tartarugas que desovam na praia de Regência, em Linhares. Com as amostras os pesquisadores pretendem analisar quais impactos a lama, presente no Rio Doce e no mar, irá trazer à saúde dos animais.
A lama chegou ao mar 17 dias depois, após passar por Minas Gerais e Espírito Santo. Na última terça-feira (24), a lama já havia avançado 30 km para o norte do mar, 20 km ao leste e 5 km ao Sul.
A médica veterinária do Tamar, Cecília Baptistotte, explica que o período de desova das tartarugas acontece de setembro a março, mas que o pico ocorre no mês de novembro. Época em que a barragem se rompeu.  O Projeto já registrou a presença de 700 ninhos na areia.
“Nós estamos no pico de desova, e as tartarugas ficam em frente às praias neste período, porque elas colocam ovos várias vezes. Então a gente tem essa preocupação com o impacto negativo que a lama pode trazer à saúde desses animais”, contou Cecília.
Sangue das tartarugas foi coletado (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Sangue das tartarugas foi coletado (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Segundo o médico veterinário, Marcelo Renan, o sangue coletado dos animais será utilizado para vários testes, como hemogramas, aqueles que revelam o perfil bioquímico do animal, a concentração de elementos tóxicos, metais pesados, entre outros.23/11 - Versão infográfico barragens Mariana (Foto: Arte/G1)

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