MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

GDF anuncia compra de 2,3 mil kits para atender pacientes com ebola


Compra teve dispensa de licitação; país não registrou casos da doença.
Secretaria diz que falta de kit pode pôr em risco pacientes e servidores.

Raquel Morais Do G1 DF
Infográfico sobre ebola, V6 (Foto: Infográfico/G1)
A Secretaria de Saúde anunciou que vai comprar, com dispensa de licitação, 2,3 mil kits para atender pacientes com ebola no Distrito Federal. Eles ficarão disponíveis no Hospital Regional da Asa Norte, referência para doenças do tipo na capital do país.
Cada kit tem protetor facial com viseira flexível, óculos de proteção, botas de PVC, macacão impermeável, avental de napa e saco vermelho para coleta de resíduo hospitalar. Os valores, de acordo com a pasta, ainda estão sendo pesquisados.
Embora o Brasil não tenha registrado casos confirmados e o país não tenha voos diretos para as regiões de maior incidência da doença, a Secretaria de Saúde disse em nota acreditar que a "ausência dos itens deste objeto [o edital] acarretará enorme prejuízo no atendimento ao usuário do sistema de saúde, na segurança dos profissionais e inclusive com risco de morte de usuários e profissionais".
Segundo a pasta, após a escolha da empresa fornecedora e da emissão da nota de empenho, os materiais deverão ser entregues em duas etapas. A primeira delas em até 15 dias depois da compra. A segunda, passado um mês.
O mundo vive atualmente a pior epidemia da doença: são mais de 13 mil pessoas infectadas e quase 5 mil mortas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A maior parte dos pacientes está em Serra Leoa, Guiné e Libéria, países da África Ocidental.
O risco de propagação do ebola para o Brasil é considerado baixo, de acordo com o Ministério da Saúde. O site do órgão possui uma área especifica sobre o assunto no qual os profissionais de saúde podem consultar as medidas adotadas.
O Brasil registrou três suspeitas da doença. Um guineano deu entrada em uma UPA de Cascavel, no interior do Paraná, no dia 9 deste mês relatando febre. Seguindo o protocolo da Organização Mundial de Saúde, o homem fez dois testes – os dois deram negativo.
Depois, um jovem de 22 anos deu entrada em uma UPA de Foz do Iguaçu, também no Paraná, no dia 16, relatando sintomas da doença. O prédio foi temporariamente fechado, e o paciente, isolado. Quando a secretaria constatou que ele havia viajado para China, Dubai, Líbano e Itália – nenhuma dessas localidades foi afetada pela epidemia do vírus –, a suspeita foi descartada. Ele tinha hepatite A.
O terceiro caso suspeito ocorreu em Brasília, no dia 23 de outubro. Um comissário de bordo panamenho foi internado em um hospital particular da Asa Sul com febre e náuseas. A unidade de saúde também chegou a ser isolada, mas a Secretaria de Saúde descartou o caso porque exames comprovaram que ele tinha uma infecção intestinal e não esteve nos países com surto da doença.
 
Até o momento, oito casos de ebola foram tratados nos Estados Unidos. Duas enfermeiras, que contraíram a infecção em território americano, são monitoradas. Na Europa, ao menos nove pacientes receberam tratamento. Um deles, a enfermeira espanhola Teresa Romero, foi infectada em Madri, enquanto os demais casos foram importados.
Treinamento
A secretaria começou no último dia 28 uma oficina para capacitar multiplicadores no enfrentamento à doença. A instrução segue até esta quinta e é destinada a servidores dos hospitais regionais e das UPAs.
A prevenção abrange tanto os cuidados com os profissionais de saúde quanto com os pacientes. O treinamento está sendo realizado pela Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos nos Serviços de Saúde, entre 8h e 17h30.
Celular
Telefones celulares podem ser usados como uma ferramenta para abastecer autoridades e organizações humanitárias sobre o deslocamento de pessoas em áreas afetadas pela doença.
Imagem mostra análise de deslocamento da população na África Ocidental feito com base em dados de celulares: estratégia pode ajudar a combater ebola (Foto: Flowminder.org/Divulgação)Imagem mostra análise de deslocamento da população na África Ocidental feito com base em dados de celulares: estratégia pode ajudar a combater ebola (Foto: Flowminder.org/Divulgação)
Quando alguém faz uma ligação ou manda uma mensagem com o celular, o aparelho envia sinais à torre de celular mais próxima. Dessa forma, é possível determinar a localização aproximada do usuário.

Caso as operadoras de celular concordem em fornecer os dados aos pesquisadores, é possível criar um “raio X” da movimentação populacional na região e traçar estratégias mais eficazes de combate à doença.

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