Na reunião, foram apresentados casos de desaparecimento de pessoas com possível envolvimento de policiais que foram investigados pela Comissão Especial de Defesa da Cidadania, criada por decreto do governo estadual em 2011.
O pedido de audiência foi feito pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, pela Defensoria Pública da União em Goiás e pela associação Cerrado Assessoria Jurídica Popular.
O secretário-geral de Articulação Institucional da Defensoria Pública da União, Bruno Arruda, disse que há um grave histórico de violência policial em Goiás e que não houve solução dos casos de desaparecimento em que estão envolvidos agentes do estado. “Não há investigação adequada. O governo tem o dever de investigar e indenizar as famílias das vítimas.”
O advogado Allan Hahnemann Ferreira informou que, após 2011, houve outros sete casos de desaparecimento forçado, elevando o número atual para 43.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Mauro Rubem (PT), pediu uma visita da comissão da OEA ao Brasil e a produção de informes sobre os desaparecimentos forçados. Mauro Rubem quer também uma recomendação da CIDH para que o estado reconheça a responsabilidade pelo desaparecimento das pessoas e indenize as famílias.
O superintendente de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Marcelo Aires Medeiros, citou ações da pasta para diminuir a violência policial, como o reforço das corregedorias das polícias Militar e Civil, a criação da Ouvidoria Geral-da SSP-GO e de uma unidade especializada sobre pessoas desaparecidas no âmbito da Delegacia de Homicídios. Segundo ele, a Polícia Civil e a Corregedoria da PM fizeram diversas prisões de policiais militares envolvidos com desaparecimentos forçados.
Sobre os casos das 36 pessoas desaparecidas entre 2000 e 2011, Medeiros informou que a maioria está tramitando no Poder Judiciário e os ainda estão na esfera policial para diligências.
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