Funcionários reclamam de calor e prejuízos nas lojas do Galeão, no Rio
Apagão atingiu aeroporto na noite de quarta-feira e causou transtornos.
Na manhã desta quinta-feira, ar condicionado demorou a ser ligado.
"Os clientes reclamam da temperatura e isso atrapalha as vendas. Os passageiros não têm paciência de ficar escolhendo os produtos com esse calor", disse ela, que não quis se identificar.
Guilherme Hage, vendedor de uma loja de roupas, também fez críticas. "Isso cria um desconforto nos clientes no ato da venda. As pessoas dizem que não diferem a temperatura que está lá fora e aqui dentro", disse. O vendedor explicou que ano passado a situação era bem diferente. "A gente vinha trabalhar de casaco e todo mundo na rua achava a gente meio maluco". Guilherme lembrou que em novembro o aeroporto teve outro apagão: "A luz só voltou 20 minutos depois e o funcionamento do ar condicionado só foi normatizado no dia seguinte".
Lourdes Gama trabalha como vendedora no aeroporto há um ano e também sentiu uma queda nas vendas. "Os clientes reclamam muito do ar quente e se queixam do aeroporto. Eu percebi uma diminuição nas vendas, em relação aos outros meses". Lourdes contou que não estava trabalhando no momento do apagão, mas sua colega a contou como aconteceu: "Ela disse que foi horrível. Não conseguia enxergar nada e fechou a loja bem rápido. As pessoas com problemas de pressão vivem passando mal", explicou.
do Galeão (Foto: Aline Pollilo / G1)
Após uma noite de muito sufoco para passageiros, a movimentação é tranquila nos dois terminais, na manhã desta quinta-feira. Por volta das 10h, não havia filas e o embarque e desembarque eram normais. Sem ar condicionado, usuários sofreram com o forte calor, no dia mais quente do Rio de Janeiro desde 1915.
O problema atingiu os dois terminais, por volta das 21h. Após duas horas, o fornecimento de luz foi normalizado no Galeão. Segundo a Light, concessionária responsável pelo serviço, um defeito no equipamento da subestação que pertence ao aeroporto Internacional Tom Jobim ocasionou o desligamento da linha de transmissão da Light, que atende a Ilha do Governador e a Ilha do Fundão.
De acordo com o superintendente do aeroporto do Galeão, Emmanoeth Vieira de Sá, a estrutura atual do aeroporto não permite que o gerador de emergência seja acionado imediatamente neste tipo de caso. Por isso, demorou 10 minutos para entrar em funcionamento.
"No nosso caso, a gente não tem essa facilidade. Ela vai estar contemplada nessa obra de revitalização, com um sistema totalmente automático para que em dez segundos entre o grupo de emergência", afirmou o superintendente.
Segundo a Infraero, a iluminação na pista não chegou a ser afetada. O gerador foi acionado, no entanto, não foi suficiente para atender todo o terminal.
Procurada pelo G1, a Light informou que equipes de técnicos do aeroporto, com apoio de funcionários da companhia, vão investigar as causas do defeito apresentado.
Falta de luz na Ilha e na Zona Oeste
Moradores de trechos da Ilha do Governador, Jacarepaguá e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, também reclamaram da falta de luz no início da noite desta quarta.
Em Curucica, um grupo revoltado com a queda de energia ateou fogo em colchões e pneus na Rua João Bruno Lobo, esquina com a Rua Vale das Rosas. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação.
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