Governo Wagner eleva em 162% gastos com publicidade
Despesas alcançaram R$ 122 milhões em 2011
Entre 2007, primeiro ano da administração petista, e 2011, o governo Jaques Wagner elevou em 162,5%
os gastos com propaganda, promoção e divulgação das ações do Estado. Nesse período, as despesas com
publicidade saltaram de R$ 46 milhões para R$ 122 milhões. Os dados estão no relatório de contas de
2011 do governo do estado elaborado pela conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE),
Ridalva Figueiredo.
Em comparação com 2010, quando foram gastos R$ 109 milhões, houve um aumento de 12%. A
Secretaria de Comunicação Social e a Casa Civil foram as instâncias do governo estadual que registraram
maiores despesas na área, com R$ 29,2 milhões e R$ 13,9 milhões, respectivamente.
Entre as estatais, os gastos com publicidade foram liderados pela Empresa Baiana de Turismo (Bahiatursa),
com R$ 11,4 milhões, seguida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), com R$ 7,3
milhões, e a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), com R$ 3,3 milhões.
Seca – Se o orçamento para a divulgação dos projetos do governo não para de aumentar, os recursos
destinados a ações de combate à seca, problema que fez mais da metade dos municípios baianos declarar
situação de emergência neste ano, foram considerados insuficientes pelo conselheiro Pedro Lino, que votou
pela desaprovação das contas do governo durante julgamento realizado na semana passada.
“Através de pesquisa realizada por minha assessoria nos sistemas corporativos do Estado, verificou-se que
foram aplicados recursos no montante de R$ 37.599.143,88 através da execução de apenas dois projetos e
duas atividades visando a assistência às famílias e municípios e implantação de soluções hídricas.
Entretanto, nenhuma destas ações foi estabelecida como meta prioritária”, critica o conselheiro no parecer
sobre as contas do poder executivo, destacando que a quantia empregada para reduzir os efeitos da seca
foi mais de três vezes menor do que os recursos destinados a promover as ações do governo.
Valmar Oliveira
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