Segundo
informações publicadas pela revista Crusoé, o médico Marcelo Queiroga,
indicado para assumir o Ministro da Saúde, é réu em uma ação penal por
crime contra o patrimônio público. Queiroga foi denunciado por
apropriação indébita previdenciária. No início dos anos 2000, ele
administrou o Hospital Prontocor, um pronto-socorro cardiológico privado
de João Pessoa que tem uma dívida milionária com o Governo Federal. De
acordo com o Ministério Público Federal, além de Queiroga outros cinco
médicos foram denunciados. Na época, o hospital administrado pelo
cardiologista deixou de recolher as contribuições previdenciárias
descontadas dos salários dos empregados.
Segundo a Crusoé, a dívida atualizada do Prontocor com a União é de
25,5 milhões de reais, conforme a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional. O débito previdenciário do hospital gerido por Marcelo
Queiroga é de 15 milhões de reais, segundo dados do Governo. A
reportagem relata que na época que foi indicado para a ANS-Agência
Nacional de Saúde Suplementar, no ano passado, Marcelo Queiroga teve que
entregar dezenas de certidões de nada consta ao Senado, onde tramitava
sua nomeação. Ele chegou a dizer que nunca foi sócio da Prontocor.
“Trata-se de ação por causa da falta de recolhimento de contribuições
previdenciárias devidas pelo Hospital Prontocor, do qual nunca fui
sócio. Por sentença proferida em 10 de março de 2017, a acusação foi
julgada improcedente”, alegou. Ainda de acordo com a revista “Crusoé” o
futuro ministro apresentou justificativas sobre um processo relacionado a
uma investigação contra seus herdeiros – o cardiologista tem um filho
quase homônimo, Marcelo Queiroga Filho. Os três filhos do médico possuem
um imóvel às margens da Praia de Camboinha, em João Pessoa, situado em
um terreno de marinha ilegalmente invadido. Segundo o cardiologista, a
área foi doada a seus filhos pelo avô materno. “Não sou executado e nem
integro a relação processual formada na ação porque nela o executado é o
meu filho”, esclareceu Queiroga na documentação.
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