Coluna de Alexandre Garcia, via Gazeta do Povo:
Foi só parar de roubar a Petrobras que já atingimos recorde na
produção de petróleo e gás. Neste mês de agosto, a produção foi quase
três milhões de barris por dia. Foi praticamente 20% acima da produção
de agosto do ano passado. Em relação ao gás, foram 133 milhões de metros
cúbicos, 25% maior que em agosto de 2018.
É bom lembrar que em novembro acontece o leilão dos excedentes do
pré-sal. Inclusive, o pré-sal já produz 63% da produção de petróleo
nacional, e o leilão pode render R$ 100 milhões a serem distribuídos
entre a União, os estados e os municípios. Vejam só: foi só parar de
roubar.
Previdência privada
E foi só parar a interferência em previdência fechada/complementar
que já há superávit. Era aquela coisa: partido político mandando nas
instituições de previdência fechada. Mas já houve superávit neste
primeiro semestre de R$ 3,5 bilhões. Em 2017, o déficit era de R$ 16
bilhões. A previdência privada estava acabando.
Tirou o partido político e, agora, são novos tempos de um novo
Brasil. O resultado líquido positivo da previdência complementar é
positivo, segundo relatório, foi de R$ 13,4 bilhões.
Operação da PF
Devido àqueles tempos em que se “metia a mão em tudo”, a Polícia
Federal entrou em um banco para saber se há provas de que havia
informação privilegiada sobre as alterações da taxa básica Selic,
definida pelo Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Segundo o ex-ministro Antonio Palocci, como colaborador premiado, em
tempos de Dilma e Lula isso teria acontecido. O ministro Guido Mantega
teria fornecido informação para o banqueiro André Esteves.
O então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, garante que
isso é impossível porque cada integrante do Copom votada de maneira
secreta e só revelava na hora do voto e isso era publicado
imediatamente. Por isso, não teria como adivinhar. Em todo caso, fica o
registro.
Auditores da Receita presos
Outro registro de hábitos terríveis que merecem muita punição vem dos
auditores da Receita Federal do Rio de Janeiro, comandados por Marco
Aurélio da Silva Canal, que tinha em casa R$ 200 mil. O total de
dinheiro vivo encontrado nas casas de todos os envolvidos que foram
presos foi de R$ 1,1 milhão. Acharam ainda 27 mil dólares e quatro mil
euros. Isso quer dizer que essas pessoas não acreditam em banco. Eles
fazem parte daquele “Banco Geddel”, que guardava R$ 52 milhões em um
apartamento em Salvador.
Enquanto isso, no STF...
Por oito a três, o Supremo decidiu que tem que definir as regras de
ordem de depoimentos, por conta da liberação do gerente da Petrobras que
estava preso - cumprindo pena - e vai ser solto por causa da decisão de
anular o julgamento dele.
Essa anulação se deu porque ele não foi ouvido depois que o
colaborador premiado fez alegações. Deveriam ter ouvido o réu por
último. Ele foi condenado a nove anos e dois meses porque roubou “só” R$
48 milhões da Petrobras.
O relator, ministro Edson Fachin, teve que mandar soltá-lo porque o
plenário do STF anulou o julgamento. Agora, por oito a três, os
ministros chegaram à conclusão de que têm de estabelecer as regras daqui
para frente. Isso porque não há regras. Não tem lei sobre isso. A lei
da delação premiada não prevê a ordem de colher de depoimento e ouvir o
réu nas considerações finais. O Código de Processo Penal tampouco.
Os ministros do STF queriam anunciar isso na quinta-feira (3), mas
adiaram porque um dos ministros não estaria presente e precisam estar
onze para chegar a uma conclusão solidária, fazer um acórdão sobre isso e
formar uma jurisprudência."
"Vamos esperar muito preocupados, porque isso pode afetar a Lava
Jato. Vamos esperar a decisão dos senhores ministros Constitucionais
sobre essa jurisprudência que eles vão ter que encontrar no acórdão
deste julgamento da Petrobras – que agora vai ser julgado de novo,
porque anularam o julgamento anterior e precisam fazer outro, agora, com
ele sendo ouvido por último. E nada impede que ele seja condenado de
novo. Vão considerar, é claro, a parte da pena que ele já cumpriu. Ele
estava na prisão desde maio de 2017.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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