A presunção do Ministro Marco Aurélio: “Está precisando morrer alguém para sabermos que somos mortais”
31/10/2019 às 07:55 JORNAL DA CIDADE ONLINE
De
fato, eles, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), se acham
seres superiores, quase 'imortais', afinal são dotados de muito poder e
estão imunes a qualquer tipo de fiscalização.
Não é a toa que
certa feita (em 2009), em diálogo na sala de lanches anexa ao plenário
da primeira turma do STF, o ministro Marco Aurélio Mello vociferou, em
alto e bom som, em referência a eles, os 11 togados e poderosos
ministros: “Está precisando morrer alguém para sabermos que somos mortais”.
A ministra Cármen Lúcia respondeu: “Como tudo aqui é por antiguidade, esperarei a minha vez”.
A
história é narrada no livro “Os Onze. O STF, seus bastidores e suas
crises”, uma verdadeira radiografia do tribunal, narrada minuciosamente
pelos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber. Esse
é o mesmo Marco Aurélio que neste mês de outubro devolveu ao Tribunal
Regional Eleitoral de Santa Catarina, o convite para a solenidade de
outorga da Medalha do Mérito Eleitoral Catarinense ao ministro Jorge
Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O convite havia sido
enviado por um membro do cerimonial da corte eleitoral catarinense.
Para
o ‘quase imortal’, um reles membro do cerimonial não poderia ter lhe
dirigido o convite. Descumpriu a ‘liturgia própria do Judiciário’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário