MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Combate ao câncer de mama é tema de audiência pública


Vereadora Aladilce presidiu evento no auditório do Centro de Cultura da Câmara de salvador

Tribuna da Bahia, Salvador
29/10/2019 16:39 | Atualizado há 22 horas e 11 minutos
   
Foto: Reprodução / Google Imagens

Uma audiência pública em comemoração ao Outubro Rosa reuniu instituições hospitalares e órgãos públicos na discussão de melhorias no atendimento de mulheres com câncer. A principal reclamação é a demora no processo de atendimento, diagnóstico e tratamento de pessoas com câncer de mama. O evento foi realizado no auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, na manhã desta terça-feira (29). A iniciativa partiu da vereadora Aladilce Souza (PCdoB) juntamente com o Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Naspec), organização que acolhe pacientes dos 416 municípios da Bahia que não têm o diagnóstico precoce e que precisam dos cuidados paliativos.
"O câncer de mama é um grave problema de saúde pública e é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil", destacou Aladilce enquanto presidia a mesa de trabalho. Ela também falou da importância de reunir as instituições que fazem parte da campanha no combate ao câncer de mama e as secretarias do estado e município para discutirem, juntas, medidas que ajudem a reduzir o problema.
Políticas Públicas
Para a presidente do Naspec, Romilza Medrado, a audiência tem importância “ímpar” no processo das políticas públicas em relação ao combate do câncer. Ela chamou atenção para os projetos de leis federais ao afirmar que é preciso enfatizar e falar dos projetos de lei aprovados e os que faltam ser aprovados pelo presidente. “Existe uma lei federal, já aprovada no Senado, que trata do prazo entre a suspeita e diagnóstico precoce de 30 dias e de acesso pleno ao tratamento, e que precisa ser sancionada pelo presidente da república. Essa aprovação vai auxiliar na redução do índice de mortalidade”, frisou.
Romilza lamentou o fato das mulheres ainda não terem um lugar de “porteira aberta” para serem encaminhadas e adquirirem um diagnóstico precoce. “É preciso que seja mais rápido o tempo que leva entre a suspeita de diagnóstico e o tratamento porque temos uma média de 6 meses e isso faz com que o câncer dobre e redobre de tamanho. Nisso, a mulher perde 95% da chance de cura e passa a ser uma paciente metastática”, explicou.
O secretário municipal de saúde, Leonardo Prates elogiou a iniciativa da vereadora e falou sobre a importância de discutir questões que atingem a saúde da mulher. “Como Aladilce é uma grande lutadora do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma grande conhecedora desse sistema, esse debate se torna importante para que possamos aperfeiçoar o SUS”, pontuou. Ele destacou que a Secretaria Municipal de Saúde realizou uma série de iniciativas com um diagnóstico de mamografia. “Nós também reabrimos o chamamento de anatomia e citologia com o objetivo de ampliar o número de prestadores que atendem ao município, já que o município não pode trabalhar sozinho e o objetivo é fazer com que a saúde chegue cada vez mais perto das mulheres e, consequentemente, do cidadão”, pontuou.
Ações
coordenadora de redes de apoio especializado da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Maria de Fátima Rocha, contou que a Sesab coordena todas as ações durante o Outubro Rosa e citou o Hospital da Mulher, o Hospital Roberto Santos e outros que participam da programação juntamente com o Centro Estadual de Oncologia (Cicam). Támbém falou que uma das ações principais na Sesab é a rede de atenção ao portador de câncer no estado da Bahia e chamou a atenção para a responsabilidade que toda Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom) e todo Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacom) tem de receber o paciente com diagnóstico confirmado assim como o paciente de suspeita de diagnostico para o diagnóstico definitivo, o tratamento, acompanhamento e segmento. Assim como os cuidados paliativos.
“No ano de 2014, foi publicada que a Portaria 140, que trabalha com promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos, traz como obrigatoriedade que todo paciente matriculado em qualquer Unacom e Cacom possa ser recebido na agonização, ou seja, o paciente precisar ser atendido na urgência, essas unidades têm que ter a porta de entrada aberta para urgência”, pontuou.
Dados
De acordo com o coordenador do serviço de mastologia do Hospital da Mulher, André Dias, é esperado 2 milhões e 100 mil novos casos de câncer no mundo e 59.700 novos casos no Brasil. Ele informou que o hospital, inaugurado em janeiro de 2017, é o principal polo do Norte e Nordeste no atendimento de mulheres com câncer de mama e é oferecida a reconstrução da mama a 100% das pacientes.
Uma possível reunião de trabalho para debater as propostas discutidas na audiência pública foi marcada para a próxima semana entre o secretário de saúde do município, a vereadora Aladilce e a Naspec. Também participaram da reunião a médica cirurgiã mastologista do Hospital Aristides Maltez, Ana Claudia Imbassaí; a médica do Núcleo de Oncologia da Bahia, Luciana Landeiro; e a médica do Hospital Santa Izabel, Daniela Galvão Barros.

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