As maiores ameaças são a exposição das crianças ao conteúdo pornográfico
online as iniciativas governamentais que tiram o poder parental. A
nefasta ideologia de gênero tem sido o suporte para essas iniciativas.
Artigo de Andrea Jones e Emilie Kao, publicado pelo Dayle Signal e
traduzido para a Gazeta do Povo:
A infância costumava ser uma época de inocência. Mas, à medida que
nossa cultura se torna mais e mais sexualizada, as crianças viraram
vítimas da exploração por parte dos adultos.
O New York Times disse que mais de 45 milhões e fotos e vídeos de
crianças sendo sexualmente abusadas foram relatadas às autoridades pelas
empresas de tecnologia, mais do que o dobro do encontrado no ano
anterior.
Na cultura, educação e saúde, as crianças norte-americanas também são
cada vez mais alvo de mensagens e imagens sexuais. Às vezes isso, essas
iniciativas contam até com o apoio do dinheiro do contribuinte, graças a
iniciativas lideradas pelo governo.
Nossa cultura está cheia de conteúdos sexuais que antes eram
considerados ousados demais para nossas crianças, e as redes sociais
aceleraram a disseminação da pornografia entre espectadores jovens.
A Academia Norte-americana de Pediatria diz que, nos Estados Unidos, 42% das crianças entre 10 e 17 já viram pornografia online.
As redes sociais também viraram um grande território de caça para os
traficantes sexuais. Em março de 2019, o Instagram foi considerado a
principal plataforma para a corrupção de menores por parte de predadores
sexuais.
Uma pesquisa recente com 2000 adolescentes descobriu que quase 75%
receberam mensagens pornográficas diretas de estranhos, por mais que
tivessem contas privadas. E 55% das vítimas do tráfico sexual em 2015
conheceram o perpetrador por meio de um site, aplicativo ou mensagens de
texto.
A sexualização das crianças está ocorrendo em espaços físicos também,
como no caso da “contação de história das drag queens”. Nesses eventos,
que se espalharam por todo o país, adultos vestidos de mulheres
interagem com crianças em bibliotecas públicas pagas pelos
contribuintes.
Na educação, as Nações Unidas promovem a Educação Sexual Ampla no
mundo todo. Nos Estados Unidos, grupos como a Planned Parenthood,
Campanha pelos Direitos Humanos e Rede de Educação Gay, Lésbica e
Heterossexual promovem a educação sexual “ampla” que inclui o ensino de
práticas homossexuais, a teoria transgênero e o aborto.
O Colorado exige que tal currículo seja lecionado aos alunos do
ensino fundamental e recentemente tem cogitado tirar dos pais o poder de
não incluir seus filhos nessas aulas.
O currículo de orientação sexual e identidade de gênero não se limita
à educação sexual. Os estados da Califórnia, Nova Jersey e Illinois
aprovaram leis exigindo que escolas falem sobre a “contribuição
política, social e econômica (...) de lésbicas, gays, bissexuais e
transgêneros”. Essas aulas geralmente usam afirmações duvidosas sobre a
orientação sexual ou identidade de gênero de personagens históricos,
afirmações essas que são irrelevantes para os feitos deles.
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos recentemente promoveu a Lei
da Igualdade, que vai mudar o Artigo IV da Lei de Direitos Civis para
incluir a orientação sexual e a identidade de gênero como
características protegidas. Esse currículo pode se tornar uma exigência
se a Lei da Igualdade virar mesmo uma lei.
O Departamento de Educação, durante a administração Barack Obama, fez
pressão para que escolas implementassem políticas voltadas para
transgêneros, que põem em risco a privacidade e segurança das crianças.
Na Geórgia, a filha de 5 anos de Pascha Thomas foi sexualmente atacada
no banheiro de uma escola de ensino fundamental que adotou uma política
de acesso aos banheiros baseada na identidade de gênero, sem notificar
os pais.
Esforços para expor crianças a conteúdos inapropriados para a idade
delas e para tirar o poder de decisão dos pais prejudicam o direito
constitucional dos pais ao controle da educação dos filhos sobre temas
sensíveis, como a sexualidade humana. As escolas públicas não deveriam
se transformar num lugar onde as crianças são expostas à ideologia
sexual radical.
Por fim, a predominância da ideologia transgênero na cultura e
educação diminuiu as opções de tratamento para crianças com disforia de
gênero.
Os ativistas fazem pressão sobre médicos e pais para que eles aceitem
“tratamentos médicos de afirmação do gênero” para crianças que, de
outra forma, aprenderiam a aceitar seus corpos. Tais tratamentos
geralmente começam com bloqueadores de puberdade, aos oito anos,
hormônios aos 14 e cirurgia para meninos de até 17 anos. Num caso, uma
menina de 13 anos passou por uma mastectomia dupla.
O efeito nocivo dos hormônios, como depressão, perda de densidade
óssea e esterilidade, são conhecidos. Ainda assim, 15 estados
norte-americanos proibiram o tratamento psicológico para crianças com
disforia de gênero, tratamento esse que as ajudaria a aceitarem seu sexo
biológico.
A Lei da Igualdade, se aprovada, sujeitaria os médicos a processos
por discriminação se eles se recusassem a realizar procedimentos de
“mudança de sexo” em crianças, independentemente da objeção consciente
ou da análise médica.
A administração Trump reverteu políticas implementadas durante a
administração Obama que criavam os mesmos problemas, mas os pais
continuam vendo o sistema médico e jurídico trabalharem contra eles. Em
Ohio, um casal perdeu a custódia da filha porque se recusou a permitir
que ela tomasse testosterona.
O combate à sexualização precoce das crianças requer tanto atenção dos legisladores quanto a coragem dos pais.
Andrea Jones é membro do Programa
de Jovens Líderes da Heritage Foundation. Emilie Kao é diretora do
Richard and Helen DeVos Center for Religion & Civil Society da The
Heritage Foundation.
© 2019 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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