MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Plano de saúde do Correios pagou prótese peniana para mulher


Alvo de denúncias de superfaturamentos e desvios que ultrapassam R$ 21 milhões, segundo cálculos da Polícia Federal (PF), o antigo plano de saúde do Correios, chamado Correios Saúde, foi extinto em 2014. Em seu lugar, a estatal lançou o Postal Saúde, prometendo mais controle e fiscalização dos procedimentos. Mas não é o que se tem visto. Um inquérito do Núcleo de Repressão a Crimes Postais, da PF, reúne documentos que mostram o descontrole nos gastos do dinheiro público. Um deles se refere a serviços pagos pelo novo plano de saúde dos quais consta uma prótese peniana para o tratamento de uma mulher. Segundo a investigação, a funcionária do Correios procurou a emergência do Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, em novembro do ano passado, queixando-se de enxaqueca. Na descrição do material que teria sido usado, há itens suspeitos como uma prótese peniana, além de um medicamento para “secar” o leite em mulheres que amamentam, Dostinex; e uma tala sintética, usada para imobilização ortopédica. A funcionária, que teve descontada no contracheque parte do valor do atendimento, denunciou a irregularidade ao setor de saúde do Correios. Os valores lançados no documento revelam ainda discrepâncias em relação aos preços praticados em licitações públicas. É o caso da seringa descartável 10ml, que custou R$ 3,20 ao plano de saúde do Correios. Licitações realizadas pelo portal Compras.net mostram que o preço varia entre 12 centavos e 50 centavos, dependendo da quantidade negociada. O medicamento Profenid custou aos cofres públicos R$ 13,86. No Compras.net, o valor de mercado varia entre 95 centavos e R$ 10,37, mais uma vez, dependendo do volume comprado. Quanto à prótese peniana semi-rígida maleável, o valor cobrado de R$ 47,50 está longe do preço praticado nas licitações: entre R$ 1.269 e R$ 3.500. Fazia parte do Conselho Deliberativo do Postal Saúde o ex-diretor regional do Correios no Rio Omar de Assis Moreira. O executivo foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em fraudes no plano de saúde e foi demitido do serviço público. (Extra)

Nenhum comentário:

Postar um comentário