Órgão está em greve por tempo indeterminado desde o dia 21 de junho.
Motoristas urinam entre veículos para economizar dinheiro para alimentação.
"Isso é um constrangimento muito grande para nós todos. O governo federal precisa tomar uma atitude com relação a isso. Nosso trabalho não é valorizado, estamos jogados aqui sem nenhuma estrutura. Até ir ao banheiro é difícil, pois precisamos pagar, quando a grana aperta fazemos onde dá e até urinamos no pneu do caminhão", contou.
"Quem está nos ajudando é a comunidade. Antes a idade que tinha atendimento prioritário era a partir de 60 anos, agora aumentaram para 65 anos e ainda passo mais tempo esperando. Não tem banheiro e todo mundo faz onde dá. Nossa situação é muito difícil, estou aqui esperando e nem tem uma expectativa de quando serei atendido. Sorte que minha que a carga não é perecível.
"Estou aqui com meus dois filhos que também são caminhoneiros e aguardam a liberação de documentos da carga. É tudo muito cansativo para nós, ainda não peguei senha e estamos aqui parados sem ninguém nos dar um posicionamento. Não temos ninguém para olhar por nós", disse.
Greve segue por tempo indeterminado
De acordo com o vice-presidente do Sindframa, Renato Santos, das mais de 100 carretas esperando liberação nesta segunda-feira (1º), 20 foram liberadas somente em Rio Branco, sem contabilizar os municípios de Cruzeiro do Sul, Brasileia e as transportadoras locais.
"Tinha aproximadamente 110 carretas esperando e atendemos aqueles caminhoneiros que estão esperando mais tempo. Hoje [segunda-feira (1)], fizemos mais de 60% dos atendimentos que precisavam ser feito no dia. O atendimento do feriado, que não deveria ser realizado, iremos trazer para quarta-feira (3) e atender dobrado como nesta segunda-feira (1). Acredito que serão liberadas ao menos 20 carretas", explicou.
Santos destaca que a greve continua por tempo indeterminado. Segundo ele, o governo ainda não tentou nenhum tipo de negociação com os trabalhadores, mas que no domingo (31), os assessores da presidente Dilma Roussef entraram em contato com o sindicato.
"O governador está calado e ainda não nos chamou para conversar. Os assessores da presidente nos ligaram e pediram que retornássemos a ligação, mas ainda não houve esse contato e não sei qual seria o teor da conversa. Até haver uma negociação a greve continua por tempo indeterminado", finaliza.
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