Grupo quer sanção de aumento de 78% aprovado por comissão do Senado.
Categoria está em greve desde o dia 12; Eixo Monumental foi interditado.
Antes, houve um bloqueio em todas as faixas do Eixo Monumental na altura da Catedral. A interdição também ocorreu na altura do Congresso, para a passagem dos manifestantes. Apesar disso, não havia registro de tumulto ou reflexo no trânsito. Pouco antes das 18h, parte do grupo ainda permanecia no local e planejava fazer uma vigília.
Representantes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindjus) afirmaram que há propostas de reajuste em tramitação no Senado, mas precisam ser analisadas antes de ir a sanção ou veto da presidente.
de Tiririca durante protesto por reajuste em
Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)
Um dos líderes do movimento e integrante do Sindjus, Henrique Marques afirmou na semana passada que a categoria aceita negociar com o Executivo a proposta de aumento. Segundo ele, os 78% reivindicados correspondem à reposição da inflação nos últimos nove anos – de acordo com Marques, o último reajuste da categoria ocorreu em 2006.
“Vai ser complicado sair [o aumento reivindicado], mas a gente luta para conseguir, pelo menos, superar a inflação desses últimos nove anos. Nós estamos dispostos a negociar, mas o último aumento foi em 2006”, disse.
De acordo com a diretora do Sindjus-DF, Elcimara Souza, os serviços atingidos pela greve dos servidores do Judiciário no DF foram os de segurança, oficiais de justiça e servidores da área de tecnologia da informação.
Justiça com com nariz de palhaço durante protesto
por reajuste (Foto: Isabella Formiga/G1)
“Esse ato é a continuidade de sucessivos atos que vêm sendo feitos pelo Sindjus ao longo dos últimos 25 dias no STF, Ministério do Planejamento e Palácio do Planalto para pressionar pela votação do PLC 28", disse o coordenador jurídico, do trabalho e social do Sindjus, Chico Vaz.
“Está na pauta para ser votado amanhã [terça]. A gente quer que aconteça e seja aprovado na íntegra. A proposta do governo não chega a um terço do PLC 28 e não contempla a reivindicação da categoria.”
Tramitação
Na última quinta-feira (25), o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para oferecer aos servidores do Judiciário o mesmo aumento salarial proposto aos funcionários do Executivo – reajuste de 21,3% para toda a categoria, parcelado em quatro anos.
O percentual seria parcelado entre 2016 e 2019, sendo 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, 4,5% em 2019. Segundo Nelson Barbosa, o reajuste foi calculado com base na inflação estimada para o período.
No fim de maio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou proposta que atende aos servidores, com reajustes que variam de 53% a 78,56%, conforme a função exercida.
(Foto: Isabella Formiga/G1)
Se for aprovado, o aumento será escalonado, em seis parcelas, de julho de 2015 até dezembro de 2017. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estima que o aumento custará R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos. O impacto será de R$ 1,5 bilhão, em 2015; em R$ 5,3 bilhões, em 2016; R$ 8,4 bilhões, em 2017; e R$ 10,5 bilhões, em 2018.
Devido ao impacto nas contas públicas, Renan se comprometeu a aguardar que o governo apresentasse uma proposta dentro do orçamento federal que contemplasse os três Poderes, não só o Judiciário.
Com as negociações em curso, é possível que, mesmo com a forte pressão que deve ocorrer nas galerias da Casa, a votação seja adiada para o próximo mês, pois uma nova reunião entre governo e as entidades que representam os funcionários públicos foi marcada para 7 de julho.
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