Famílias pedem que área seja usada para reforma agrária.
Proprietário afirma que pedirá reintegração de posse nesta segunda (1º).
"Faz anos que este terreno tem dívida com o governo e já foi solicitada a área para reforma agrária. Como não teve resolução, viemos para cá", explica João Maria de Oliveira, que faz parte da coordenação estadual do MST em Santa Catarina.
Segundo o inventariante da fazenda, Sérgio Shimoguiri, o terreno está penhorado pela União devido a uma dívida de crédito rural, que pode ser negociada até dezembro deste ano.
Ocupação
As famílias chegaram à fazenda na localidade de Campininha às 4h da madrugada. "São pessoas de outros acampamentos da região, Canoinhas, Monte Castelo. Só estava o caseiro, foi uma ocupação tranquila, até porque não queremos tumulto. Hoje tivemos uma prosa e eles continuam as atividades normais. Não pretendemos sair", afirma Oliveira.
(Foto: Angelo Marcelo Schulka/Divulgação)
Os barracos são divididos por até três famílias. Na tarde desta segunda-feira, oito pessoas do movimento foram procurar a Prefeitura de Três Barras para pedir estrutura de água e transporte para levar às crianças para a escola mais próxima, mas não haviam conversado com o prefeito até esta publicação.
Conforme João Maria, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi comunicado da ocupação na manhã desta segunda. A assessoria de imprensa do instituto informou que não sabia da ocupação e que vai intermediar alguma negociação caso a Justiça solicite.
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