Quando iniciar cada método contraceptivo no pós-parto?
Especialista da Organon orienta sobre o melhor momento para cada método

A chegada de um bebê traz muitas mudanças para a vida da mulher, e
uma das dúvidas comuns nesse período é sobre quando retomar o uso de
contraceptivos. O corpo ainda está se recuperando do parto, e a escolha
do método deve considerar fatores como amamentação, tipo de parto e
possíveis riscos à saúde. Segundo Tiago Almeida, diretor associado de
Assuntos Médicos da Organon, é fundamental que as mulheres recebam
informações claras e seguras sobre o momento certo para iniciar cada
método.
“No pós-parto, o corpo da mulher está passando por diversas mudanças
hormonais e físicas, por isso é essencial escolher um contraceptivo
adequado a essa fase. Além de garantir mais segurança, a contracepção
nesse período previne uma nova gravidez não planejada, permitindo que a
mulher se recupere e se dedique ao bebê. É importante que o método
escolhido seja seguro para quem amamenta e que não aumente riscos, como o
de trombose”, explica.
O especialista alerta que os dispositivos intrauterinos (DIUs), tanto
hormonais quanto não hormonais, devem ser inseridos apenas seis semanas
após o parto, quando o útero já tiver voltado ao tamanho normal. Já o
implante subdérmico de etonogestrel pode ser utilizado a partir da
quarta semana para mulheres que estão amamentando e, para aquelas que
não estão, entre o 21º e o 28º dia após o parto. No caso das pílulas
anticoncepcionais, as que contêm apenas progesterona podem ser iniciadas
nesse mesmo período, enquanto os contraceptivos orais combinados, que
possuem estrogênio e progesterona, devem ser usados com cautela, pois
podem aumentar o risco de trombose nas primeiras semanas após o parto.
De acordo com Tiago, a escolha do método também pode variar conforme o
tipo de parto. “Sabemos, por exemplo, que o DIU inserido após um parto
normal tem uma taxa de expulsão maior, chegando a 24% dos casos, segundo
a Organização Mundial da Saúde. Já em mulheres que passaram por
cesárea, essa taxa varia de 3% a 12%. Por isso, essa decisão precisa ser
discutida com um profissional de saúde para garantir mais segurança e
eficácia”, orienta.
Além da eficácia na prevenção da gravidez, cada método possui
vantagens e desafios que devem ser considerados. “A principal
preocupação da mulher no pós-parto é cuidar do bebê, então o
contraceptivo deve ser prático e não interferir nesse momento. O
implante subdérmico, por exemplo, tem a vantagem de não apresentar risco
de expulsão uterina, diferentemente do DIU, e não depender da lembrança
diária de tomada, como a pílula, já que o risco de esquecimento é
maior. No entanto, pode causar alguns efeitos adversos, como acne e
enxaqueca, que são comuns a diversos métodos contraceptivos, e devem ser
considerados na escolha”, destaca o especialista.
O mais importante, segundo o médico, é que a mulher tenha acesso a
informações seguras e confiáveis para tomar uma decisão consciente sobre
sua saúde reprodutiva. “O pós-parto é um período de adaptação e muitas
mudanças. Escolher um método contraceptivo adequado evita preocupações
desnecessárias e dá à mulher mais tranquilidade para viver essa fase tão
especial”, conclui.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário