22% e 24%, sendo 22,6% no Norte, 24,2% no Centro-Oeste e 24,9% no Sudeste.
Independentemente
do nível de formação, os médicos apresentam renda líquida mensal
superior. A desigualdade é ainda mais expressiva entre os especialistas,
com uma diferença de 22,4%. Esses dados reforçam que, mesmo com
qualificações equivalentes ou superiores, as mulheres continuam
enfrentando barreiras que limitam sua ascensão profissional e
financeira.
Maternidade e carreira
O
estudo mostra que, no Brasil, as médicas que são mães dedicam menos
tempo, cerca de 46,7 horas por semana, às atividades profissionais, o
que sugere que as jornadas duplas com o acúmulo de responsabilidades
domésticas e familiares limitam o exercício da profissão. Já para os
profissionais homens com filhos, essa média é de 55,2 horas por semana.
Por outro lado, entre as médicas divorciadas ou separadas com filhos, a
jornada de trabalho remunerado sobe para 50,7 horas semanais, o que pode
indicar uma necessidade de compensação financeira frente às demandas
familiares.
“Conciliar
vida pessoal e profissional ainda é um desafio para as mulheres, que
seguem acumulando múltiplas jornadas. O ponto mais crítico encontrado
nesse estudo é a diferença salarial entre os gêneros nas horas
trabalhadas. Mas essa desigualdade vai além da remuneração: é essencial
que a divisão das responsabilidades dentro de casa seja mais equilibrada
entre homens e mulheres, garantindo que o peso da jornada doméstica não
recaia majoritariamente sobre elas. Só assim podemos avançar para
condições mais justas e minimizar essas disparidades”, diz Eduardo
Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center da Afya.
A
pesquisa entrevistou 2.637 profissionais de todos os gêneros, no
período de novembro de 2024 a janeiro de 2025. A amostra possui um nível
de confiança de 95% e margem de erro de 1,9 ponto percentual.
O peso da desigualdade
Os
números do estudo reforçam os desafios enfrentados diariamente pelas
médicas, que, além da desigualdade salarial, lidam com preconceitos de
colegas de trabalho e pacientes. Questionamentos sobre sua capacidade
profissional e frases como “cirurgia não é para você”, “prefiro ser
atendido por um médico de verdade”, “deixa que eu faço, você não vai
conseguir” ou “ter filhos vai atrapalhar sua carreira” são recorrentes e
impactam diretamente suas trajetórias.
Para
dar visibilidade a essa realidade e estimular a reflexão sobre a
desigualdade de gênero na medicina, a Afya lança, nesta sexta-feira, a
campanha "O peso da desigualdade", uma iniciativa que
busca ampliar o debate sobre os desafios enfrentados pelas médicas e
promover um ambiente mais equitativo no setor. Como parte da ação, a
empresa desenvolveu um experimento social, registrado em vídeo, que
ilustra de forma simbólica o impacto dessas frases na carreira das
profissionais. O conteúdo estará disponível em todas as redes sociais da Afya a partir do dia 7 de março .
“As
mulheres já são maioria na medicina desde 2024, mas ainda enfrentam
barreiras que limitam seu avanço em especialidades de alta complexidade,
remuneração e cargos de liderança. Com esta campanha, queremos
evidenciar como esses padrões culturais impactam as escolhas
profissionais e reforçar a importância de abrir espaço para que essas
vozes sejam ouvidas. O compartilhamento de experiências é essencial para
desconstruir estereótipos e promover mudanças reais no setor”, explica
Stella Brant, VP de Marketing e Sustentabilidade da Afya.
A
Afya reconhece e valoriza a força das mulheres na medicina, apoiando
seu desenvolvimento profissional. Por isso, neste Mês da Mulher, a
empresa oferecerá para médicas e alunas de medicina o acesso gratuito a
dois cursos online: Finanças Equilibradas, para impulsionar a
independência financeira, e Introdução à Inteligência Artificial para
Médicos, para ampliar conhecimentos sobre inovação na área da saúde.
Mais informações estão disponíveis no site da campanha.
Sobre a Afya
A
Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil,
reúne 37 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 32
delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e
educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.593 vagas de
medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 21
mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais
para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3
médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução
digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.
Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a
Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor
Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021,
2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da
Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio
"Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o
programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como
porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar.
Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
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