Conhecida
como “Cidade Eterna”, Roma, ao longo dos séculos, marcou a biografia e a
produção de figuras canônicas da Língua Portuguesa. Parte desse legado é
analisado no livro “’Livre no tempo e em pedra aprisionada’ Roma nas culturas de língua portuguesa”. Editada na Itália, a obra está disponível no endereço: <https://www.academia.edu/127480825/_Livre_no_tempo_e_em_pedra_aprisionada_Roma_nas_culturas_de_l%C3%ADngua_portuguesa_a_cura_di>.
Professora
catedrática sênior de Língua, Linguística e Tradução Portuguesa e
Brasileira da Faculdade de Letras e Filosofia da Sapienza Universidade
de Roma, Sonia Netto Salomão, uma das organizadoras da obra, e diretora
da coleção Luso-brasiliana da editora Nuova Cultura que publica o livro,
explica que a obra é coletiva. Composta por 20 estudos
luso-afro-brasileiros, a publicação é fruto de atividades da Escola de
Verão promovida pela Associazione Italiana di Studi Portoghesi e
Brasiliani em 2022, em Roma, quando a professora era sua presidente e
com o objetivo de dialogar com a sociedade, levando para fora da
universidade esta importante área de estudos.
Com um verso da escritora brasileira Cecília Meirelles no título (Livre no tempo e em pedra aprisionada), a
publicação destrincha nuances da presença de Roma em escritos de nomes
consagrados da Língua Portuguesa, como o padre Antônio Vieira que, de
1669 a 1675, pregou em Roma. Ao fazer uma aproximação linguística,
cultural e emocional da “Cidade Eterna”, a coletânea traz uma análise da
produção de António Manuel Ne Vunda — o primeiro embaixador africano em
Roma. Nomes mais recentes, como o brasileiro Luís Fernando Veríssimo,
enriquecem o estudo. O escritor gaúcho tem um ensaio dedicado ao seu
livro “Traçando Roma”, uma reunião de crônicas sobre a estada de sete meses vivida pelo autor em Roma, em 1986.
“O
livro reúne importantes estudos luso-afro-brasileiros, com análise de
autores portugueses, brasileiros e africanos. No evento acadêmico
tratamos das relações entre as culturas dos países de língua oficial
portuguesa e a cidade de Roma, contando com o apoio de autoridades
portuguesas, brasileiras e italianas”, acrescentou Sonia Netto Salomão.
Serviço:
Título: “’Livre no tempo e em pedra aprisionada’ Roma nas culturas de língua portuguesa”
Organizadores: Sonia Netto Salomão, Mariagrazia Russo, Giorgio de Marchis, Simone Celani, Federico Bertolazzi
Disponível no link:
https://www.academia.edu/127480825/_Livre_no_tempo_e_em_pedra_aprisionada_Roma_nas_culturas_de_l%C3%ADngua_portuguesa_a_cura_di
Páginas: 338
Editora: Nuova Cultura (Roma)
Minibiografia -
Sonia Netto Salomão é professora catedrática sênior de Língua,
Linguística e Tradução Portuguesa e Brasileira no Departamento de
Estudos Europeus, Americanos e Interculturais da Faculdade de Letras e
Filosofia da Sapienza Universidade de Roma, onde fundou a primeira
cátedra de língua, linguística e tradução na Itália. Foi professora da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além de ter colaborado com outras
universidades no Brasil e no exterior. Autora de 26 livros e mais de 200
estudos linguísticos e literários, Sonia Netto Salomão é detentora de
um Prêmio Jabuti por um estudo sobre Machado, também premiado em
tradução italiana. Na Itália, fundou e dirigiu a Cátedra Antônio Vieira,
patrocinada pelo Instituto Camões de Lisboa, de 2004 a 2023. É sócia da
Academia Romana de Filologia e Sócia Honorária e ex-presidente da
Associação Italiana de Estudos portugueses e brasileiros. Recebeu a
medalha Rio Branco no grau comendadora, pelos serviços culturais
presados à língua portuguesa e à cultura brasileira no Brasil e no
exterior onde a sua ação internacional é extensa.
Outras informações: https://soniasalomao.com/biografia/
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