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sexta-feira, 28 de março de 2025

Colaboradores brasileiros continuam com risco alto de saúde mental

 

Colaboradores brasileiros continuam com risco alto de saúde mental

Em pesquisa inédita da Pipo Saúde, continua elevada a probabilidade de um indivíduo desenvolver problemas psicológicos ou emocionais. NR-1 exige ação imediata das empresas


Imagem gerada por IA

São Paulo, 17 de fevereiro de 2025 - Em pesquisa inédita realizada pela Pipo Saúde com a participação de 9.691 colaboradores - no período de janeiro a dezembro de 2024 - , os indicadores relacionados à saúde mental tiveram uma ligeira melhora de um ano para o outro (2023 para 2024), mas ainda estão em um patamar muito elevado. 43,67% dos respondentes, ou seja, 4.338 colaboradores apresentaram risco de saúde mental, sendo que ⅓ desses têm intensidade alta ou moderada. No ano passado, na pesquisa realizada com 8.980 colaboradores, esse número era de 48%, com a mesma proporção de casos moderados e graves. A pesquisa foi realizada com funcionários de empresas de grande porte, com perfis diferenciados, de segmentos como tecnologia, varejo e bens de consumo. 


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, aproximadamente 1 bilhão de pessoas apresentavam algum transtorno mental. Os problemas de saúde mental têm um impacto direto no trabalho. A depressão e a ansiedade, sozinhas, resultam na perda de aproximadamente 12 bilhões de dias de trabalho a cada ano (OMS). O Brasil registrou mais de 400 mil casos de afastamento do trabalho por transtornos mentais em 2024, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Entre as doenças que mais geraram concessões de benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) estão os transtornos ansiosos e os episódios depressivos, que juntos somaram mais de 255 mil afastamentos.  Em 2023 foram concedidos 288.865 benefícios por incapacidade devido a transtornos mentais e comportamentais no Brasil. Os transtornos de ansiedade e episódios depressivos, subiram 67% em comparação ao ano anterior.


“O alto número de afastamentos pelo INSS é um alerta sério para toda a sociedade. Essa questão vai muito além dos indivíduos afetados. Trata-se do reflexo de um ambiente de trabalho cada vez mais exigente, de um mundo acelerado e de um sistema que ainda não dá à saúde mental a devida prioridade. Além de um sério problema de saúde pública, afeta diretamente o mercado e a economia”, comenta Manoela Mitchell, CEO e cofundadora da Pipo Saúde.


Diante desse cenário - com 60% da população mundial trabalhando - entra em vigor em maio, a NR1, norma que exigirá que as empresas incluam a avaliação dos riscos psicossociais no trabalho em seus processos de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Isso significa que as empresas agora serão obrigadas a identificar e gerenciar esses riscos, que incluem fatores como sobrecarga de trabalho, assédio moral, pressão por metas excessivas e falta de suporte.


“As empresas terão que lidar com esses riscos e, de fato, promover mudanças. Não poderão ficar apenas nos discursos e mensagens de que nós nos importamos e cuidamos dos nossos colaboradores, se os índices mostrarem um número alto de afastamentos ou casos de burnout”, comenta Marcela Ziliotto, Head de RH da Pipo Saúde.


Outro fator que chama atenção é que são os mais jovens - colaboradores entre 19 e 29 anos - os mais vulneráveis: 51.2% dos respondentes apresentaram risco de saúde mental. “Precisamos parar de rotular os jovens, comparar a relação do trabalho entre gerações, e olhar com intencionalidade para quem está começando no mercado de trabalho e traz consigo diferentes cobranças e desafios”, comenta Marcela. 


Em 2019 a OMS - Organização Mundial da Saúde oficializou a síndrome do burnout como uma doença que resulta das relações de trabalho e em 2022, reconheceu como uma doença ocupacional, ou seja, que decorre de condições ou fatores especiais do trabalho desenvolvido pelo paciente.


“As empresas precisam reconhecer que o bem-estar mental é um fator determinante para a qualidade do clima organizacional e a produtividade. Ignorar essa realidade é um erro que pode comprometer o desempenho e a sustentabilidade do negócio”, complementa Manoela.


Entendendo mais sobre a NR1


No mês de agosto de 2024, a NR-1 foi alterada e, o capítulo 1.5, que trata do gerenciamento de riscos ocupacionais, foi reformulado, e como parte destas alterações, passou a registrar especificamente que o gerenciamento de riscos ocupacionais deve abranger fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho. A vigência começa a partir de 26/5/25.


Fatores de risco psicossociais:


  • Metas excessivas: Pressão constante por resultados sem considerar as limitações da equipe.
  • Jornadas de trabalho extenuantes: Horários inflexíveis ou excessivos que causam esgotamento.
  • Falta de suporte emocional ou profissional: Ausência de acompanhamento.
  • Assédio moral e conflitos interpessoais: Relações tóxicas entre colegas ou líderes.
  • Falta de autonomia: Quando o trabalhador sente que não tem controle sobre suas tarefas ou seu tempo.


A partir de 26/8/25, os empregadores deverão identificar os riscos ocupacionais relacionados a fatores denominados como psicossociais e, partir dessa identificação:


  •   evitar, minimizar ou eliminar os fatores de riscos ocupacionais; 
  • avaliar e indicar o nível dos riscos ocupacionais; 
  • classificar riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas preventivas; 
  • implementar, efetivamente, medidas de prevenção aos fatores de risco, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade; 
  • acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. 


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizará uma fiscalização planejada e vai focar em setores com alta incidência de doenças mentais, como teleatendimento, bancos e estabelecimentos de saúde. Os auditores verificarão a organização do trabalho e os dados sobre afastamentos relacionados à saúde mental.


A NR-1 sugere que as empresas promovam treinamentos básicos em PSP - Primeiros Socorros Psicológicos - para que todos os colaboradores possam oferecer apoio imediato a colegas em dificuldades emocionais.




Sobre a Pipo Saúde

Fundada em 2019 por Manoela Mitchell, Vinicius Correa e Thiago Torres, a Pipo Saúde é um novo tipo de corretora de benefícios de saúde focada em atendimento humanizado, tecnologia e dados que quer mudar a maneira como as companhias se relacionam com os benefícios corporativos de saúde. A healthtech nasceu com o objetivo de otimizar e facilitar a relação do RH e dos seus funcionários com os benefícios de saúde. Em 2021 recebeu um aporte de R$100 milhões, o maior montante até aquele momento já levantado por uma mulher no Brasil. Em 2024, captou mais R$ 35 milhões, ultrapassou a marca de 170 mil vidas atendidas, R$ 600 milhões em contratos de benefícios de saúde e tem em seu portfólio 160 clientes, entre eles Quinto Andar, OLX, Sem Parar, Petlove, ZUP, Spread, MadeiraMadeira, Buser, RecargaPay e Pernod Ricard Brasil. O faturamento de 2024 foi de R$30 milhões e para 2025, o plano é chegar em R$60 milhões. Em 2022, a empresa foi reconhecida como uma das 10 Top Startups do LinkedIn, ganhou o Prêmio Think Work Innovations (Employee Experience) e foi escolhida como uma das 100 Startups to Watch pela Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Em 2023, novamente ganhou o Prêmio Think Work Innovations (Saúde e Qualidade de Vida) e a CEO, Manoela Mitchell, foi escolhida como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, pela Bloomberg Linea. Em 2024, a empresa ganhou o Think Work Flash Innovations (Saúde e Qualidade de Vida), e Manoela ganhou o Innovators Under 35 do MIT, além de ser escolhida como uma das 100 pessoas mais inovadoras da América Latina, pela Bloomberg Linea.


Contatos da assessoria

Priscila Noronha

Tel: 11 98166-1356

Email: imprensa@piposaude.com.br

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