MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 19 de junho de 2021

PDT acha que Bolsonaro vai estar mais fraco em 2022 e pode nem passar para o segundo turno

 


Imagem relacionada

Charge do Clayton (O Povo/CE)

Thiago Resende e Bruno Boghossian
Folha

No segundo pelotão da corrida eleitoral, o PDT de Ciro Gomes tem uma visão diferente das projeções políticas feitas pelo PT, que espera uma rejeição menor a Bolsonaro em 2022, devido à possível recuperação da economia e à reformulação da Bolsa Família.

Líderes pedetistas dizem acreditar que Lula está hoje no auge da popularidade, mas que, nos próximos meses, começará a perder espaço nas pesquisas de intenção de voto.

EUFORIA DA VOLTA – Caciques trabalhistas dizem que o ex-presidente se beneficiou nos últimos meses de seu retorno à cena eleitoral e da decisão do Supremo que anulou suas condenações na Lava Jato.

Com base em estudos internos, o PDT reconhece que a fatia da população que pode buscar uma terceira via diminuiu desde o início do ano. Mesmo assim, integrantes da sigla enxergam uma boa chance de Ciro e Lula disputarem um eventual segundo turno em 2022.

Carlos Lupi, presidente do partido, vê Bolsonaro bastante desgastado no próximo ano, pois, apesar da aceleração da vacinação até lá, as milhares de mortes por Covid-19 serão atribuídas a ele.

RECUPERAÇÃO LOCALIZADA – Além disso, a recuperação econômica esperada pelo governo se concentra em setores ligados à exportação de commodities e com baixo emprego de mão de obra. Isso pode fortalecer o apoio do agronegócio a Bolsonaro, mas não reverte a rejeição dele em outros setores —especialmente nos mais pobres, que sofrem com a inflação.

A cúpula do PDT e o marqueteiro João Santana enxergam na manutenção do desgaste de Bolsonaro o principal caminho para que Ciro chegue ao segundo turno. Eles recomendaram que o pré-candidato concentre no presidente seus ataques nos próximos meses.

O tamanho da popularidade de Bolsonaro deve influenciar a montagem de alianças em todo o tabuleiro eleitoral. Adversários dizem acreditar que siglas simpáticas ao governo podem se descolar caso o desgaste do presidente se mantenha. Em caso de recuperação, ele pode consolidar ou até ampliar sua aliança.

PT ASSEDIA O CENTRO – Prevendo uma campanha árdua, petistas buscam uma coalizão com partidos de centro e miram inclusive siglas que integram a base de apoio de Bolsonaro no Congresso, como o PL.

O partido e outras legendas do centrão se aproximaram do governo após a liberação de cargos e emendas, mas podem se mover para o campo político mais alinhado a seus interesses e a uma perspectiva de permanência no poder.

No Nordeste, por exemplo, líderes desse bloco já estiveram ao lado de Lula em eleições anteriores e veem dificuldades de chegar a 2022 em um lado oposto ao do ex-presidente.

###

Nenhum comentário:

Postar um comentário