MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Mais de 7000 horas contra a COVID-19 no maior hospital público da América Latina

SMA

Grupo de médicos de hospitais privados contam a nova rotina no SUS, na linha de frente contra o novo coronavírus

Texto:

Ana Paula Santos atua há 20 anos como anestesista em centros cirúrgicos de grandes hospitais de São Paulo, entre eles Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Samaritano. Em sua rotina, cirurgias eletivas, horas marcadas e contatos com pacientes e familiares durante sua assistência na anestesia. Mas, desde que a transmissão do novo coronavírus se acelerou na cidade, ela viu sua vida mudar completamente: entrou na linha de frente do combate à COVID-19 nas UTI´s do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC).


“Quando tudo isso começou, senti muito medo. O que eu faria? Na verdade, o que faríamos? Exatamente o que estamos fazendo: cuidar das pessoas. Fomos com medo misturado à coragem”, relata Santos.

A médica é um dos 60 anestesistas do SMA (Serviços Médicos de Anestesia) que reforça o time HC contra a COVID-19, uma iniciativa com a parceria do BTG Pactual e financiamento de empresários. O grupo foi o primeiro da rede privada a integrar o corpo clínico do HC.

Ao todo, os anestesistas do SMA entregam 3.600 horas de atendimento mensais,desde abril,  a 2 alas de UTI do Hospital das Clínicas. Nesse tempo, eles se dividem entre manter os cuidados vitais dos pacientes, fazer procedimentos como intubação e passagem de acessos vasculares, verificar a evolução de cada paciente e conversar diariamente por telefone com os familiares dos doentes, já que visitas não são permitidas.


O dia a dia com pacientes, famílias e colegas

Os relatos de todos mostram o quanto a pandemia tem mudado as suas vidas. Acostumados ao trabalho em setores específicos dos hospitais onde atuam, como o centro cirúrgico e de diagnóstico por imagem, fazendo parte de equipe multiprofissional, os anestesistas passaram a lidar com novas situações. O contato contínuo com as famílias é uma delas.


“Nos tornamos o único elo entre os pacientes e seus familiares. E tivemos que aprender a suportar o peso desse elo ao comunicar más notícias, equilibrando a transparência com a empatia”, relata o anestesista Felipe Porto Rangel.

Para a surpresa de alguns profissionais, os boletins médicos por telefone se tornaram algo maior. “Esses momentos são mais sobre medos, esperanças, angústias, arrependimentos, aniversários e saudades do que sobre exames. E uma súplica: promete que cuida bem dele e me liga amanhã?”, destaca Romulo Augusto Batista.

Ana Paula Santos adotou a prática de, sempre que possível, fazer videoconferências para aproximar internados e seus entes queridos. “Quanta luz, lágrimas e sorrisos ao fazer um Facetime e conectar as pessoas!”, diz. Ela também repassa mensagens aos pacientes, mesmo aos que estão sedados. “Passei a ficar um tempo maior no telefone com as famílias, e sempre voltar ao quarto para repetir os recados dados, mesmo aos intubados”, explica.

Entre aqueles que passaram a dividir a rotina na pandemia, o espírito de equipe também se fortaleceu. “Tenho me policiado a deixar tempo para entrar no quarto e ficar uma ou duas horas – aumenta medicação, diminui medicação, troca sedação, muda a ventilação. Outro dia, a técnica de enfermagem ficou feliz quando eu preparei a solução para uma bomba para infusão de um medicamento, algo que geralmente ela faz. Esse tipo de coisa une a equipe. Passei a entender o quanto os técnicos e enfermeiros estão sobrecarregados e com medo”, pontuou Thiago Valois.

Um novo papel

Além dos profissionais que estão no HC, o SMA conta com outros 100 anestesistas que passaram a atuar em unidades de terapia intensiva em hospitais de campanha e privados. Outros 108 permanecem em atividades nos centros cirúrgicos, para os procedimentos que não podem ser adiados.

A busca por anestesistas para integrar UTIs se tornou maior por causa da experiência que os profissionais dessa especialidade têm em procedimentos de intubação, para a ventilação mecânica. “Devido ao treinamento que possuem, os anestesistas estão direcionando suas habilidades para procedimentos essenciais exigidos no tratamento da COVID-19”, afirma o Dr. André Ottoboni,  diretor geral do SMA.

O novo ambiente de trabalho, desbravado em meio a uma pandemia, traz grandes desafios.
“Resumo dizendo que nossa especialidade está sofrendo muito com essa pandemia, estamos nos virando nos trinta para sobreviver, mas nunca nos entregamos ao pânico que tenta nos constranger”, afirma o anestesista Albino Vieira Júnior.

Para Talitha Gonçalez Lelis, resiliência é uma das palavras que melhor resume o período atual. “Desafios não faltam nesses tempos na UTI: aceitar o inevitável, sentir que não desistir pode significar a vitória da vida e aprender sempre! Cada dia é um dia diferente, oscilando entre tristezas e alegrias. Penso que somos privilegiados por termos nos reinventado numa situação inédita em nossa profissão e no mundo.”



Sobre o SMA

O SMA (Serviços Médicos de Anestesia) é uma das mais tradicionais equipes privadas de anestesia e tratamento de dor do país. Fundada em 1942, atua com os principais cirurgiões do Brasil e em hospitais de referência na cidade de São Paulo, é o grupo de anestesia dos hospitais Sírio-Libanês, Samaritano e Oswaldo Cruz, além de atuar em outros hospitais como Einstein, 9 de Julho e Santa Catarina.

Seu corpo clínico é composto por 260 médicos especialistas em anestesiologia, gestão da qualidade e administração hospitalar. Possui em sua equipe diversos médicos anestesistas renomados com inúmeras publicações de estudos em revistas científicas nacionais e internacionais e participação nos maiores congressos de anestesia no Brasil e do mundo.

É responsável também por um Centro de ensino e Treinamento da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e pelos programas de residência médica credenciados junto à Comissão nacional de residência médica nos hospitais Hospital Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz. O centro de ensino e treinamento foi considerado o melhor do país em 2019 pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, estando em primeiro lugar no ranking disponível na página da sociedade: https://www.sbahq.org/ranking/



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Nani Moraes
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